Um ato pra se sentir mulher

Encontro de Mulheres em Defesa da Democracia hoje (7), no Palácio do Planalto.

Por Dríade Aguiar Do Ninja

Assim como muitas de nós, Dilma já teve de enfrentar uma série de problemas por ser mulher, sem dúvida alguma. Na militância e na ditadura ela provavelmente teve um “tratamento privilegiado”, pelo seu gênero. Na presidência, é a única candidata que desde que concorreu pela primeira vez, é questionada sobre o aborto. Eleita, é criticada duramente por sancionar uma lei contra o feminicídio e, em meio a crise, é ela que abre mão de se pronunciar no dia das mulheres por conta de manifestações que buscam nada mais que silenciá-la.

Durante seu mandado como presidente, seu gênero, idade e passado são invisibilizados constantemente e mesmo assim tem de ficar impávida ao ouvir um “Ei Dilma vai tomar no Cu”, perante a comunidade internacional. Além das constantes piadas em torno da sua sexualidade e adesivos sexualmente ofensivos circulando pelo país.

Agora, onde vive uma das fases mais difíceis do seu mandado, é obrigada novamente a não demonstrar sentimentos. Enquanto isso, revistas se sentem no direito de enquadrá-la em um esteriótipo que nós mulheres conhecemos bem: estérica, louca, descontrolada.

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Ou seja, querendo ou não, Dilma tem certeza dos desafios do que é ser uma mulher.

Mas hoje, no Ato Mulheres com Dilma, no Palácio do Planalto, tenho a convicção que Dilma compreendeu melhor ainda o que é ser mulher. E, independente da visão política, religiosa ou étnica, ser capaz de estender a uma outra mulher.

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Se chama sororidade e hoje, empregadas, filósofas, políticas, cristãs, mães de Santo Yalorisás, jovens, empresárias, estudantes, margaridas, todas vieram não só prestar solidariedade a uma chefe de estado que está sob ataque em busca de um estado de direitos, mas também cuidar de outra mulher.

Dessa chefe de estado, ouvimos a importância da busca pela igualdade de gênero. De Dilma, escutamos do orgulho de ser mulher e que “nós mulheres não quebramo” e juntas, entendemos mais uma vez, o que é ser mulher.

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