Câmara do Rio aprova projetos de Marielle e dá seu nome à tribuna

A Câmara Municipal do Rio aprovou, nesta quarta-feira (2), em primeira votação, cinco projetos de lei da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta no dia 14 março, executada com nove tiros. Os vereadores aprovaram também a concessão do nome dela para a tribuna da Casa. Agora, os projetos seguirão para uma segunda votação, ainda sem data marcada, para depois serem encaminhados ao prefeito Marcelo Crivella para sanção.

As galerias, lotadas de apoiadores de Marielle, vibraram com a aprovação dos projetos, que incluem a criação de creches públicas noturnas para mães que trabalham à noite; a criação do Dia da Mulher Negra, a ser comemorado em 25 de julho; a criação de campanha permanente contra o assédio e a violência sexual em ônibus e trens, e a criação do Dossiê Mulher. Um dos projetos, porém, que inclui o dia de luta contra a homofobia, lesbofobia, bifobia e transfobia teve a apreciação adiada.

O vereador Tarcísio Motta, líder do PSOL, disse que houve um entendimento entre a maioria dos vereadores de aprovar os projetos de Marielle como homenagem e reconhecimento à parlamentar, que tinha entre suas principais bandeiras a defesa das populações pobres, das mulheres negras e do público LGBT.

“Foi uma votação histórica. São projetos que defendem os direitos da mulher trabalhadora, as políticas públicas para as mulheres, a vida nas favelas e os trabalhadores. Sem dúvida alguma, é a voz da Marielle ecoando em medidas legislativas. Cabe agora aprovar em segunda votação e que o prefeito Marcelo Crivella sancione e coloque em prática as políticas públicas decorrentes dessas leis”, disse Tarcísio Motta.

Público se manifesta enquanto vereadores votam na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em sessão extraordinária, projetos de lei de Marielle Franco, assassinada em março. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

+ sobre o tema

‘Ainda faltam papéis para a mulher negra’ , diz Ruth de Souza

Filmes da atriz estão em cartaz em mostra no...

Assim falou Luiza Bairros

Nascida em 1953, a gaúcha de Porto Alegre Luiza...

Mortes de mulheres negras aumentam 54% em dez anos

A violência contra as mulheres brancas diminuiu, mas contra...

“Queremos representatividade para além do comercial de xampu”

A blogueira Rosangela J. Silva é nossa primeira entrevistada...

para lembrar

Léa Garcia

Nascida no Rio de Janeiro, em 11 de março...

Execução de Marielle evidencia descaso histórico com população negra

Mais um corpo negro tomba diante da violência letal....

Beyoncé canta Tina Turner em espetáculo futurista da nova turnê ‘Renaissance’

Numa performance brilhante, Beyoncé fez o primeiro de seus cinco shows...
spot_imgspot_img

Peres Jepchirchir quebra recorde mundial de maratona

A queniana Peres Jepchirchir quebrou, neste domingo, o recorde mundial feminino da maratona ao vencer a prova em Londres com o tempo de 2h16m16s....

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na história do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a advogada Vera Lúcia Santana Araújo, 64 anos, é...

Ela me largou

Dia de feira. Feita a pesquisa simbólica de preços, compraria nas bancas costumeiras. Escolhi as raríssimas que tinham mulheres negras trabalhando, depois as de...
-+=