Campanha de combate ao racismo aborda o genocídio da juventude negra e as oportunidades de trabalho

A campanha de combate ao racismo, que faz parte do Mês da Consciência Negra comemorado em novembro, tem uma temática a cada semana e nesta, o tema foi o genocídio da juventude negra e as oportunidades de trabalho. A campanha tem o apoio do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG).

De 2002 a 2010, o país registrou 418.414 vítimas de violência letal – 65,1% delas (272.422 pessoas) eram negras. Os dados constam no “Mapa da Violência 2012 – A Cor dos Homicídios”, primeiro levantamento nacional sobre esse tipo de morte com recorte étnico, que foi realizado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), pelo Centro Brasileiro de Estados Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).

No mês de novembro, o dia 20 foi escolhido para a celebração do Dia da Consciência Negra por ser a data da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. Em 1695 foi o ano da morte de Zumbi.

No dia da Consciência Negra o objetivo é fazer uma reflexão sobre o relevo da cultura e do povo africano e o impacto que tiveram na evolução da cultura brasileira. Sociologia, política, religião e gastronomia entre várias outras áreas, foram profundamente influenciadas pelas culturas negra e africanas. É dia de comemorar e mostrar profundo apreço pela cultura afro-brasileira.

O Dia da Consciência Negra foi estabelecido pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. A Lei 12.519/2011 que cria a data, sem obrigatoriedade de feriado, foi sancionada em 2011.

História de Zumbi

No período do Brasil colonial, Zumbi simbolizou a luta do negro contra a escravidão que sofriam os brasileiros de raça negra. Zumbi morreu enquanto defendia a sua comunidade e lutava pelos direitos do seu povo.

Os quilombos, liderados por Zumbi, formavam a resistência ao sistema escravista que vigorava na época e o principal motor responsável pela preservação da cultura africana no Brasil.

Zumbi lutou até à morte contra a escravidão, que só viria em 1888, com a abolição oficial da escravatura. A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888, 193 anos após sua morte.

 

 

Fonte: Dourados Agora

+ sobre o tema

Poesia: Ela gritou Mu-lamb-boooo!

Eita pombagira que riscaseu ponto no chãoJoga o corpo...

Geledés participa do I Colóquio Iberoamericano sobre política e gestão educacional

O Colóquio constou da programação do XXXI Simpósio Brasileiro...

A mulher negra no mercado de trabalho

O universo do trabalho vem sofrendo significativas mudanças no...

para lembrar

AfroReggae encerra atividades no Complexo do Alemão

  A Organização Não Governamental (ONG) AfroReggae decidiu...

A chacina da família de PMs e a subcultura da vingança policial

Como uma tragédia desperta os instintos mais baixos da...

Carlos Moore: Brasil vive uma grande hipocrisia, os brancos brasileiros negam o racismo

Carlos Moore: Brasil vive uma grande hipocrisia, os brancos...

São Paulo: homenagem à Rota foi aprovada sob protestos

  Sob protesto de militantes negros e ativistas...
spot_imgspot_img

Educação antirracista é fundamental

A inclusão da história e da cultura afro-brasileira nos currículos das escolas públicas e privadas do país é obrigatória (Lei 10.639) há 21 anos. Uma...

“Dispositivo de Racialidade”: O trabalho imensurável de Sueli Carneiro

Sueli Carneiro é um nome que deveria dispensar apresentações. Filósofa e ativista do movimento negro — tendo cofundado o Geledés – Instituto da Mulher Negra,...

Militares viram no movimento negro afronta à ideologia racial da ditadura

Documento confidencial, 20 de setembro de 1978. O assunto no cabeçalho: "Núcleo Negro Socialista - Atividades de Carlos Alberto de Medeiros." A tal organização,...
-+=