O Cineasta, roteirista e produtor Joel Zito Araújo faz na Academia Brasileira de Letras a palestra de encerramento do Ciclo “Vozes d’África na cultura brasileira”, intitulada “O Negro no cinema brasileiro”, sob a coordenação do Acadêmico e professor Domício Proença Filho. O evento está programado para o dia 27 de junho, quinta-feira, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo. Entrada franca
Da Academia Brasileira de Letras
A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado é a coordenadora geral dos Ciclos de Conferências de 2019.
Acadêmico Domício Proença Filho convida para o ciclo “Vozes d’África na cultura brasileira”
Serão fornecidos certificados de frequência.
O CONFERENCISTA
Premiado diretor conhecido por tematizar o Negro na sociedade brasileira. Cineasta, roteirista e produtor, curador de festivais, é doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, e pós-doutor pelo Departamento de Rádio, TV e Cinema na Universidade do Texas, em Austin-EUA, onde também foi professor do mesmo departamento.
Joel Zito Araújo, nascido em novembro de 1954, dirigiu 29 curtas e médias documentais e ficcionais, dentre os quais destacam-se São Paulo abraça Mandela (1991), Retrato em preto e branco (1993), A Exceção e a Regra (1997) e Vista Minha Pele (2003). Em 1999, finalizou seu primeiro longa para a TV, o documentário O efêmero Estado União de Jeovah, sobre uma revolta camponesa liderada por Negros no norte do Espírito Santo. Dois anos depois, lançou A Negação do Brasil, que aborda a trajetória do personagem Negro nas novelas brasileiras, com impressionante trabalho de pesquisa que deu origem a um livro homônimo. A Negação do Brasil recebeu o título de melhor filme brasileiro do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, de 2001, e foi selecionado para vários festivais pelo mundo. Em 2004, finalizou seu primeiro longa-metragem de ficção, As Filhas do Vento, que ganhou oito Kikitos no Festival de Gramado. Entre eles, melhor filme segundo a crítica, melhor diretor, ator e atriz. Na Mostra de Cinema de Tiradentes, foi escolhido melhor filme pelo público e participou, ainda, de festivais em várias partes do mundo, como Índia, China, França, Alemanha, EUA, África do Sul e Burkina Faso. Em 2009, lançou o documentário Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado. Na semana de lançamento no canal GNT, o filme obteve 1,5 milhão de espectadores, colocando o canal no terceiro lugar de audiência em seu segmento. Para a televisão, Joel Zito Araújo dirigiu o programa Espelho no Canal Brasil, criado e apresentado por Lázaro Ramos.
Em 2013 lançou o documentário Raça, um filme que traça um painel do debate racial no Brasil contemporâneo. O filme foi codirigido com a vencedora do Oscar, Megan Mylan, e participou de grandes festivais como Hors Concours no Festival de Cinema do Rio de Janeiro de 2012, na competitiva do Pan-African Film Festival of Ouagadougou (FESPACO) em fevereiro de 2013, no 35.° Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano em Havana, Cuba, em dezembro do mesmo ano, e no Festival de Cinema Latino-Americano de Tulouse (Cinelatino) em 2014.
Fez recentemente a première mundial do seu novo longa Meu Amigo Fela/My Friend Fela no IFFR – International Film Festival Rotterdam, recebeu o prêmio Paul Robeson (melhor filme da Diáspora) no FESPACO / Burkina Faso e o Prêmio Especial do Júri Internacional do Festival É Tudo Verdade 2019. Atualmente, prepara a rodagem do seu novo longa ficcional, O Pai da Rita.
Autor de vários artigos para jornais e revistas do Brasil e do exterior, e dos livros A Negação do Brasil – o Negro na Telenovela Brasileira (Ed. Senac) e O Negro na TV Pública (Ed. Fund. Palmares).