Duas jovens são vítimas de estupro no Parque Ibirapuera

Uma das jovens tem 16 anos e a outra não teve a idade revelada pela polícia

Do Catraca Livre

Duas adolescentes foram vítimas de estupro no final da tarde deste domingo, dia 17, no Parque Ibirapuera, zona sul de São Paulo, de acordo com informações do Bom Dia Brasil (Rede Globo). O caso foi registrado no 27º DP no Campo Belo.

Uma das jovens, de 16 anos, recebeu atendimento médico e psicológico no Hospital Pérola Byton nesta segunda-feira, dia 18. Segundo o G1, a adolescente relatou que foi ao parque encontrar uma amiga. A outra vítima não teve a idade revelada pela polícia.

Na tarde de domingo, cerca de 12 mil jovens participaram de um “rolezinho” na marquise do Ibirapuera, informou a Guarda Civil Metropolitana. Após o evento, a polícia registrou quatro crimes no local: danos a um carro da GCM, um roubo e dois estupros.

Embora os fatos tenham ocorrido em horários próximos e no mesmo lugar, ainda é cedo para relacionar o rolezinho a esses crimes, de acordo com a delegada que acompanhou o caso. Ela ainda disse que, sobre os autores do estupro, as adolescentes relataram que conhecerem os rapazes durante a festa e que não tinham informações sobre eles.

Veja como denunciar a violência contra a mulher

No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia, 180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

PLP 2.0 – Aplicativo para coibir a violência contra a mulher

O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.

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