Escola de moda prestigiada em Nova York se desculpa por desfile racista

Uma prestigiada escola de moda em Nova York, o Fashion Institute of Technology (FIT), emitiu um pedido de desculpas nesta quarta-feira (19) por causa de um desfile considerado racista.

Por AFP, na IstoÉ

(Arquivo) A diretora do FIT, Joyce Brown – GETTY IMAGES/AFP

Nele, as modelos usaram próteses vermelhas nos lábios para parecerem carnudos, grandes orelhas e sobrancelhas marcadas.

A diretora da FIT, Joyce Brown, disse que estava investigando o uso dos acessórios no desfile do dia 7 de fevereiro, que fez parte da Semana de Moda de Nova York.

Brown disse que não foi a intenção do estilista falar sobre raça em seu desfile, “mas agora está totalmente claro que esse foi o resultado”.

“Por isso pedimos desculpa. Nos desculpamos aos que participaram do desfile, os estudantes, e qualquer um que tenha se sentido ofendido pelo que viu”, disse em comunicado enviado à AFP.

O desfile chegou às manchetes depois que a modelo afro-americana Amy Lefevre, de 25 anos, disse ao “New York Post” que se recusou a usar as próteses porque eram “claramente racistas”.

No início deste mês, a grife italiana Prada se comprometeu a adotar medidas de combate ao racismo e promover a diversidade depois da indignação coletiva causada pela colocação de objetos que lembravam macacos na vitrine da marca no SoHo, no final de 2018.

À venda na coleção Pradamalia, uma série de objetos inspirada no universo Prada, essas pequenas estatuetas deveriam representar macacos.

Frente à polêmica, a Prada retirou os objetos das lojas e pediu desculpas. Segundo a grife, “nunca houve a intenção de magoar ninguém”.

“Nos aterroriza toda a forma de racismo e de imagens racistas”, insistiu no Twitter.

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