“Eu até não sou racista…

“Eu até não sou racista… mas” não tenho pachorra para o que os brancos escrevem sobre o assunto. Há vários anos que me interessa sobretudo a visão dos negros.

Por Eremita e Bruno Vieira Amaral, do Ouriquense

Um caso paradigmático é, precisamente, o da questão da excepcionalidade do colonialismo português. Confrontados com a questão, nenhum dos entrevistados é da opinião que o sistema colonial português tenha sido brando. Servem como exemplos as declarações do sociólogo angolano Paulo de Carvalho, que não tem dúvidas de que a colonização portuguesa não foi diferente das outras, do historiador guineense Leopoldo Amado, que considera que o sistema colonial português foi um “sistema racista em todos os sentidos”, muito embora a “elite académica continue a reproduzir a ideia de que há uma particularidade da colonização portuguesa”, do também historiador Patrício Batsikama, angolano, que não crê que Portugal “tenha sido melhor colonizador. Não deixou grandes escolas, nem sequer temos universidades de renome em Angola”, de Mamadu Baldé, guineense, gestor de uma ONG, que não acredita na “existência de um colonialismo suave”, e de Fernando Lima, director de uma revista em Moçambique, que afirma que “Portugal gostava de se apresentar como um país não racista, ora isso não é verdade: havia racismo, havia discriminação racial”. Bruno Vieira Amaral

 

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