Facebook, Google e Twitter aceitam aplicar lei alemã contra racismo e xenofobia

Empresas devem apagar comentários que atentem contra refugiados e migrantes que procuram apoio na Alemanha.

no Publico.PT

O Facebook, Google e Twitter concordaram em apagar todas as referências a discursos de ódio das suas páginas dentro de 24 horas a pedido da Alemanha, numa medida de combate ao racismo online que aumentou no país com a crise de refugiados na Europa.

O governo alemão tem pedido às plataformas sociais que estejam atentas a comentários contra cidadãos estrangeiros feitos online num momento em que a Alemanha tenta dar resposta aos pedidos de ajuda de mais de um milhão de refugiados e migrantes.

O ministro alemão da Justiça, citado pela Reuters, considera que o acordo entre as três empresas e o governo facilita a denúncia de casos de discurso de ódio por utilizadores e grupos anti-racismo. “Quando os limites da liberdade de expressão são transgredidos, quando se trata de expressões criminais, sedição, incitamento para a ofensas criminais que ameaçam as pessoas, esse conteúdo deve ser excluído da Internet”, argumentou Heiko Maas, acrescentando que as redes sociais não se podem “tornar um parque de diversões para a extrema-direita”.

O compromisso estabelece que a regra acordada seja colocada em prática em 24 horas, sendo que caberá a equipas de especialistas no Facebook, Google e Twitter monitorizar os conteúdos ofensivos publicados na Alemanha, com base no que determina a lei do país.

Maas e outras personalidades alemãs criticaram recentemente o Facebokk por remover de imediato imagens de nudez nas páginas dos utilizadores, enquanto permite que comentários racistas e xenófobos permaneçam online. A rede social defendeu-se afirmando que age com base nas denúncias dos utilizadores sobre comentários que incitam ao ódio racial.

+ sobre o tema

Fernando Conceição – A grande mídia contra as ações afirmativas

Por Fernando Conceição* em 2/6/2009 O que o Estado Democrático...

Histórico da imprensa negra no Brasil pauta seminário de comunicação

Panorama sobre a comunicação negra no Brasil abriu o...

Jovem com ‘síndrome de puxar cabelos’ usa YouTube como terapia

Uma britânica de 21 anos encontrou uma forma inusitada...

A capa criminosa da Veja dessa semana

Leonardo Mendes Eu tinha 17 anos quando entrei para a...

para lembrar

Precisamos falar sobre o racismo e a violência dos seguranças do Extra

Caso do jovem morto ontem traz à tona denúncias...

Depois de polêmica, Urban Outffiters retira o termo “Navajo” de seus produtos

Depois da polêmica que a Urban Outffiters causou ao...

Cidade italiana queima boneco de Salvini em ato antirracista

Um grupo de manifestantes ateou fogo em um fantoche...

Racismo em Belém – Funcionário que disse que hotel não os receberia porque eram negros

Dupla denuncia racismo em hotel de Belém Foi instaurado...
spot_imgspot_img

O mercado do “antirracismo” nas redes sociais e os fregueses brancos

As redes sociais são um grande Mercado, onde se encontra de tudo. Tudo mesmo: autoajuda, moda, tendências, política, culinária, deus ou deuses, ódio, pensamento...

Unicamp abre grupo de trabalho para criar serviço de acolher e tratar sobre denúncias de racismo

A Unicamp abriu um grupo de trabalho que será responsável por criar um serviço para acolher e fazer tratativas institucionais sobre denúncias de racismo. A equipe...

Peraí, meu rei! Antirracismo também tem limite.

Vídeos de um comediante branco que fortalecem o desvalor humano e o achincalhamento da dignidade de pessoas historicamente discriminadas, violentadas e mortas, foram suspensos...
-+=