Kiriku famosa lenda africana de bebê guerreiro vai virar série de livros

“Kiriku”, a lenda do recém-nascido guerreiro que salvou toda uma aldeia de uma feiticeira má virou filme, espetáculo de teatro, já foi traduzido para mais de 50 países e, agora, vai virar uma série de livros.

Do Catraquinha 

A editora brasileira Viajante do Tempo vai lançar, no próximo dia 19 de novembro, os livros “Kiriku e a feiticeira” e “Kiriku e o colar da discórdia”, ambos inspirados no filme “Kiriku e a Feiticeira”, produção franco-belga de 1998, dirigida por Michel Ancelot. O lançamento será feito durante a Feira e Livros do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.

A história é referência em cultura africana, e sua abordagem permite trabalhar com as crianças temas de suma importância, como senso de comunidade, costumes sociais, preconceitos, escravização, respeito, alteridade e tolerância.

Imagem: Reprodução/Catraquinha

Sobre a história

Kiriku ou Kiriku e a Feiticeira é um longa-metragem de animação franco-belga de 1998 dirigido por Michel Ocelot. O diretor do filme, passou parte da infância na Guiné, onde conheceu a lenda de Kiriku.[1]

O filme retrata uma lenda africana, em que um recém-nascido superdotado que sabe falar, andar e correr muito rápido se incumbe de salvar a sua aldeia de Karabá, uma feiticeira terrível que deu fim a todos os guerreiros da aldeia, secou a sua fonte d’água e roubou todo o ouro das mulheres. Kiriku é tratado de forma ambígua pelas pessoas de sua aldeia, por ser um bebê, é desprezado pelos mais velhos quando tenta ajudá-los, porém, quando realiza atos heróicos, suas façanhas são muito comemoradas, embora logo em seguida voltem a desprezá-lo. Apenas a sua mãe lhe trata de acordo com sua inteligência.

 

O filme está disponível online, assista aqui:

A história se inicia de uma forma sui generis: ainda no ventre da sua mãe, Kiriku exige nascer; a sua mãe retruca que uma criança que pede para nascer pode nascer sozinha. Ele então nasce, toma banho e se interessa pela desgraça de sua aldeia: uma feiticeira chamada Karabá teria devorado o seu pai junto com quase todos os outros homens da vila, secado a fonte que abastecia os moradores e ameaçado mulheres e crianças.

Neste mesmo instante, o tio de Kiriku se dirige até aos domínios da feiticeira para exigir o fim das maldades. Kiriku corre até o tio e insiste em acompanhá-lo, mas o tio do Kiriku não permite a presença do sobrinho, ele decide usar sua astúcia e se esconde na copa de um chapéu para conseguir seguir viagem com ele. Disfarçado no chapéu, Kiriku consegue salvar o tio de uma morte certa.

Porém, quando a feiticeira percebe que foi enganada, exige todo o ouro das mulheres da aldeia. Kiriku mais uma vez vai até os domínios da feiticeira, agora desejando conversar com ela e saber porque ela é tão má. A bruxa tenta matá-lo por tal impertinência, ao que ele foge, mas ainda não se convence. Continua nesse intento até descobrir porque a bruxa é má.

Um dia, Kiriku arma um plano com a ajuda da mãe, para visitar o sábio da montanha, para saber mais sobre Karabá. Ocorre, contudo, que para chegar à montanha, seria preciso passar pela residência de Karabá, quando ela não deixava ninguém se aproximar de sua casa, e restringia o acesso à montanha, temendo que o seu segredo pudesse ser revelado pelo sábio.

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