Fundações criam fundo Marielle Franco para incentivar mulheres negras que buscam liderança política

Enviado por / FonteDo Extra

Em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco, a Fundação Ford, a Open Society Foundations e o Instituto Ibirapitanga anunciaram a criação de um fundo para incentivar e apoiar as mulheres negras que aspiram à liderança política no Brasil. Com a doação de US$ 3 milhões ao Fundo Baobá, instituição dedicada à luta pela igualdade racial no Brasil, a iniciativa se baseia no trabalho da vereadora para ampliar a voz das mulheres negras e seu acesso ao poder no Brasil.

– Marielle mostrou que uma mulher negra e bissexual das favelas poderia manter e exercer o poder. Seu assassinato brutal foi uma tentativa de negar essa verdade. Anunciar ao mundo que o Brasil produzirá novas Marielles é crucial – disse Pedro Abramovay, diretor do Programa América Latina da Open Society Foundations. – Esse fundo garante que as mulheres negras das favelas ocupem espaços de poder e que não haja volta aos dias em que isso era visto como impossível.

O Fundo Baobá foi criado em 2011 em parceria com o W.K. Fundação Kellogg, que fornece fundos para cada doação. Nesse caso, a contrapartida está em uma escala de dois para um para doações internacionais e de três para um para investimentos brasileiros, chegando a US$ 10 milhões.

Com a doação da Fundação Ford, da Open Society Foundations e do Instituto Ibirapitanga – ao lado do W.K. Doações correspondentes da Fundação Kellogg – o fundo agora pode aumentar seu alcance e seu potencial de investimento.

– Esta iniciativa mostra a importância de elevar as mulheres negras na sociedade brasileira. Marielle incorporou não apenas as mudanças que desejamos, mas também aquelas que sabemos ser capazes de realizar – disse Átila Roque, diretor do escritório da Fundação Ford no Brasil.

A iniciativa foi anunciada durante o 10º Congresso GIFE, evento anual que reúne investidores sociais de todo o Brasil.

– Queremos mostrar ao mundo da filantropia brasileira como é importante apoiar as pessoas mais vulneráveis ​​de nossa sociedade, as pessoas que mais precisam de mudanças – disse André Degenszajn, CEO do Instituto Ibirapitanga.

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