NASA batiza órgão em homenagem à pioneira matemática Katherine Johnson

Responsável pela segurança de dados e softwares das missões espaciais, a unidade agora se chama Katherine Johnson Independent Verification and Validation Facility

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Katherine Johnson matematica da Naza
Katherine Johnson Imagem- Getty Images

A NASA, agência espacial do governo americano, anunciou na sexta-feira (22) que um de seus principais órgãos, Independent Verification and Validation Facility, foi rebatizado com o nome da matemática Katherine Johnson.

Responsável pela segurança de dados e softwares das missões espaciais, a unidade agora se chama Katherine Johnson Independent Verification and Validation Facility.

Ícone para as mulheres nas ciências, Katherine Johnson foi uma das primeiras cientistas afro-americanas a ocupar um cargo de destaque na NASA. Seus cálculos em mecânica orbital e teorias sobre aplicação de computadores em cálculos avançados permitiram que o homem chegasse à Lua.

Taraji P. Henson (centro) viveu Katherine Johnson Imagem- Reprodução:Northern Star
Taraji P. Henson (centro) viveu Katherine Johnson Imagem- Reprodução:Northern Star

A matemática, hoje com 100 anos, trabalhou por 35 anos na agência, entrou para história com o seu trabalho e teve sua trajetória de vida retratada pelo filme “Estrelas Além do Tempo”, em que foi interpretada pela atriz Taraji P. Henson.

Aprovada em dezembro pelo Congresso americano, a lei que regulamenta o novo nome ao órgão e, portanto, a homenagem à cientista foi assinada pelo presidente Donald Trump também ainda naquele mês.

“É um tributo adequado dar seu nome às dependências que carregam seu legado de computação crítica para as missões”, afirmou Jim Bridenstine, administrador da NASA, em comunicado oficial — que ainda reconhece o caráter pioneiro de seu trabalho.

Katherine Johnson, matemática da NASA
Katherine Johnson, matemática da NASA Imagem: Nasa

“Em uma época em que a segregação racial era prevalente no sul dos Estados Unidos, Katherine Johnson e suas colegas matemáticas Dorothy Vaughan e Mary Jackson, que depois foi promovida à engenheira, romperam barreiras raciais e conquistaram sucesso em suas carreiras na NASA, ajudando a pavimentar o caminho para a diversidade”, diz o texto.

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