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    Foto: Marcus Steinmayer

    Primeira biografia de Sueli Carneiro narra vida de lutas em prol da mulher negra

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    A cultura do estupro e suas diferentes intervenções nos corpos negros

    VLT – Foto: Site “Mobilidade Urbana Salvador”

    Reflexões sobre interseccionalidade de gênero, raça e classe nas políticas públicas em Salvador

    Madalena, ex-vereadora travesti de Piracicaba, é encontrada morta em casa (Foto: Fernanda Zanetti/G1/Arquivo)

    Madalena, a primeira vereadora travesti de Piracicaba, é assassinada

    Imagem retirada do site Az Mina

    Propostas desfavoráveis às mulheres podem ganhar apoio de novas lideranças no Congresso

    Helen Andrade é head de diversidade da Nestlé (Foto: Helen Andrade/LinkedIn/Reprodução)

    ‘Não adianta ter dinheiro; nenhum negro escapa do racismo no Brasil’, diz head de diversidade da Nestlé

    Lélia Gonzalez (Foto: Cezar Louceiro / Reprodução)

    Lélias em movimento

    A ministra do Interior do México, Olga Sanchez Cordero, à esq., e a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, cumprimentam-se na abertura do fórum Generation Equality, na Cidade do México (Foto: Alfredo Estrella - 29.mar.21/AFP)

    Sem Brasil, governos e organizações lançam agenda de combate à desigualdade de gênero

    Marina Melo fez Mestrado em História em Universidade de Tohoku, no Japão; para ela, é preciso incentivo para jovens estudarem fora (Foto: Arquivo Pesssoal)

    Única negra em universidade japonesa: “Pobre também pode estudar fora”

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      Marc Bruxelle via Getty Images

      Bichas pretas afeminadas: sem direitos, silenciadas na escola e sozinhas na vida

      Christian Ribeiro (Foto: Arquivo Pessoal)

      Arauto de um novo tempo: A negritude revolucionária de Hamilton Cardoso!

      Ilustração: Michael Morgenstern /The Chronicle

      Que nossas palavras sejam máquina que faz fazer!

      Reprodução/Facebook/ Raull Santiago

      Combate às drogas tem custo bilionário e causa destruição sem mudança real

      Foto: AdobeStock

      A Mulher da Outra

      Imagem: Torsten Lorenz

      Carta para minha vó

      Cena do game 'Spider Man: Miles Morales' Divulgação/Marvel

      Negros são maioria entre os gamers no Brasil, mas não veem o seu reflexo nas telas

      Clarissa Verena (Arquivo Pessoal)

      Defensorias públicas, racismo e autorresponsabilidade institucional: um olhar para si

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      A população negra é a maior vítima da violência no Brasil (Getty Images)

      Brasil é ‘racista’ e parece executar ‘indesejados’ com conivência da Justiça, diz Comissão Interamericana da OEA

      Ivanir Dos Santos (Foto: Arquivo Pessoal)

      Ivanir dos Santos: Ainda há esperança em prol da tolerância

      Bandeira do orgulho trans hasteada em São Francisco, nos Estados Unidos. Foto: Flickr (CC)/torbakhopper

      Brasil segue no topo de ranking de assassinatos de pessoas trans no mundo

      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

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        Foto: Divulgação

        Unity Warriors estreia espetáculo de dança “MANOfestAÇÃO” e celebra a cultura hip-hop

        Foto: Divulgação

        “Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas”, novo disco de André Dias tem doses de amor, desapego e protagonismo do homem negro

        Ismael Ivo (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)

        Ismael Ivo, bailarino e coreógrafo, morre aos 66 anos após diagnóstico de Covid-19

        Foto: Divulgação

        Festival serrote promove debates online com Isabel Wilkerson, Claudius Ceccon e Wlamyra Albuquerque, entre outros

        Foto: Divulgação/Netflix

        SAG Awards consagra Chadwick Boseman e Viola Davis em premiação histórica

        O advogado Benjamin Crump (à esq.) ao lado de Quincy Mason Floyd, filho de George Floyd (Foto: Stephen Maturen/Getty Images)

        Advogado da família de George Floyd dá bolsas de estudo e quebrou barreiras 

        João Acaiabe (Foto: João Cotta/Globo)

        João Acaiabe: Luta por igualdade racial e trabalhos para crianças marcaram carreira do ator

        A Arte de Governar a Si Mesmo: uma caravana pelo interior

        Foto: Divulgação

        SescTV exibe e disponibiliza sob demanda curtas que destacam produções de mulheres negras

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              O Pioneirismo haitiano nas lutas pela liberdade no Atlântico

              24/02/2021
              em Guest Post, Nossas Histórias
              Tempo de leitura: 9 mins read
              A A

              Fonte: Por Bethânia Santos Pereira, enviado para o Portal Geledés

              Quando falamos em liberdade, igualdade de direitos, cidadania, democracia, países europeus e os Estados Unidos são facilmente acionados como lugares pioneiros e espaços de protagonismo. A Revolução Americana e a Revolução Francesa são exemplos constantemente mobilizados para justificar uma “aspiração” quase natural desses países à liberdade e à igualdade. Porém, a pretensa universalidade do acesso aos direitos reivindicada por esses países é colocada em xeque quando observamos a ausência de debates raciais e de discussões sobre a abolição da escravidão nas demandas levantadas por esses movimentos. Durante a Revolução Francesa, poucas vezes a abolição da escravidão foi uma pauta real dos debates. Quando o assunto surgia na Assembleia, quase sempre puxado pelos membros da Societé des Amis des Noirs [Sociedades dos Amigos dos Negros], as discussões eram ambíguas e falavam mais sobre o fim do tráfico de escravizados e as relações econômicas com as colônias do que propriamente sobre o fim da escravidão.

              O problema com as narrativas que atribuem direitos universais à Revolução Francesa ou o fim da escravidão à atuação da Inglaterra não é exatamente pelos elementos que elas não apresentam, mas sim pelos sistemáticos silenciamentos que provocam acerca de acontecimentos que, por suas características, desafiam a narrativa do pioneirismo europeu/branco. No mesmo período das revoluções francesa e americana, a Revolução do Haiti foi a única que, de fato, questionou o racismo dos impérios europeus, desafiou a falsa universalidade do acesso aos direitos da França e conseguiu desmontar o sistema escravista na ilha. Três anos antes da abolição do tráfico pela Inglaterra e três décadas antes do fim da escravidão nas ilhas britânicas no Caribe, o Haiti surgia como a primeira nação negra a tornar-se livre por uma revolta majoritariamente protagonizada por escravizados, com um exército que foi capaz de eliminar as tropas de Napoleão Bonaparte e ainda manter afastada as ameaças de guerra, da Inglaterra e Espanha. 

              Se o pioneirismo da Revolução Haitiana foi o que possibilitou ao país acabar com a escravidão, foi também a ousadia de querer ser livre que causou o constante apagamento e do Haiti e da história do Haiti por parte das potências da época e com consequências até hoje que ultrapassam os debates historiográficos. Quando, em 1791, chegavam à França as primeiras notícias de que uma revolta de escravizados acontecia na ilha de São Domingos, a reação inicial era de descrença. Era impossível conciliar a percepção que se tinha dos negros com a ideia de uma revolução. Mas, entre 1791 e 1804, o avançar dos combates e a vitória do exército haitiano trouxeram consequências difíceis de ignorar. A Revolução Haitiana provocou alterações nunca antes vistas: criou um contingente de refugiados de guerra que se espalhou pelas ilhas do Caribe e o sul dos Estados Unidos; ameaçou o poder imperial da França, Inglaterra e Espanha nas Américas; colocou em dúvida a continuidade do tráfico de escravizados e, o mais importante, ofereceu uma alternativa de luta para as pessoas escravizadas, sendo visto como um exemplo de luta negra coletiva em nome da liberdade. 

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              Apesar do isolamento político e econômico imposto pelas potências ao Haiti, o projeto haitiano era muito mais ambicioso do que o mundo poderia conceber. Por isso, não quero trazer aqui apenas exemplos que reforcem o embargo a que o Haiti foi submetido, mas pretendo demonstrar a extensão do projeto de liberdade proposto pelos haitianos. Os efeitos da Revolução não se restringiam apenas ao que acontecia na ilha. Jean-Jac ques Dessalines, Sanité Belair, Alexandre Pétion, Henry Christophe e tantos outros revolucionários que lutaram pela independência pensaram o Haiti como um farol para liberdade em um mundo dominado por impérios escravistas. E, ao olhar para o século XIX, é possível enumerar alguns exemplos de como os governos haitianos agiram ativamente em nome da liberdade. 

              O historiador haitiano Thomas Madiou relatou a passagem de Simon Bolívar, revolucionário venezuelano que liderou diversos processos de independência na América Latina, pelo Haiti em 1815. Bolívar chegou na cidade de Les Cayes, quando já estava em guerra contra a Espanha. No Haiti, Bolívar foi recebido pelo presidente Alexandre Pétion que lhe cedeu cerca de 2 mil fuzis, munição, comida e uma máquina tipográfica. Em troca, Pétion pediu que Bolívar proclamasse a abolição da escravidão nos territórios independentes. Embora tenha concordado com a promessa, Bolívar não foi capaz de cumpri-la. Além disso, o Haiti ainda foi excluído do 1º Congresso do Panamá, realizado em 1826 e que foi organizado pelo próprio Bolívar. A ausência do Haiti foi completada pela presença dos Estados Unidos e de outros países que, àquela época, ainda mantinham escravizados. Interessante notar aqui que o sentimento anti-haitiano era mantido com ideias racistas que circulavam na região. 

              As ações haitianas em nome da liberdade não se restringiram aos espaços americanos/caribenhos. Em 1821, quatro revolucionários que lutavam pela independência grega, Adamantios Korais, Christodoulos Klonaris, Christodoulos Klonaris, Konstantinos Polychroniades e A. Bogorides, que se encontravam na França, escreveram para Jean-Pierre Boyer, presidente do Haiti, solicitando auxílio para a guerra de seu próprio país. Apesar de incapaz de fornecer o auxílio financeiro e bélico naquele momento, Boyer apoiou a revolução e, com sua carta de resposta, fez do Haiti o primeiro país que reconheceu a independência grega. Boyer prometeu enviar algum tipo de ajuda assim que possível. E, ao longo da carta, conectou as guerras de independência da Grécia e do Haiti como duas lutas parecidas, em busca de autonomia e liberdade: “Um caso tão belo e justo e, o mais importante, com os primeiros sucessos que o acompanham, não podem deixar os haitianos indiferentes pois nós, assim como os helenos, fomos por muito tempo submetidos a uma escravidão desonrosa e finalmente, com nossas próprias correntes, destruímos o líder da tirania”. 

              Além de apoiar projetos nacionais de independência, o próprio Haiti se colocou como um espaço de recepção para pessoas negras e nativas de diferentes locais do mundo que desejassem viver em liberdade. Um desses acontecimentos foi o fim da escravidão do lado espanhol da ilha que veio com a unificação do território todo. Em 1822, Jean-Pierre Boyer conseguiu aproveitar um momento de instabilidade política na colônia de Santo Domingo e se uniu a alguns revolucionários que procuravam proteção militar e ajuda para promover a independência. Ao tornar toda a ilha o território haitiano, Boyer proclamou o fim da escravidão no lado espanhol. Mas, mesmo antes disso, em 1801, quatro representantes dominicanos assinaram a Constituição criada por Toussaint Louverture, que previa o fim da escravidão.

              O governo de Boyer (1818-1843), um dos mais extensos do Haiti, colocou em prática um intenso projeto para imigrantes. Segundo o artigo 44 da Constituição de 1816, vigente durante o período de Boyer: “todos os africanos, indígenas e os seus descendentes, nascidos nas colônias ou em países estrangeiros, que possam vir a residir na República, serão reconhecidos como haitianos…”. A entrada de imigrantes negros e nativos era bem-vinda na ilha e facilitada pela sua legislação. A contrário da permanência de pessoas brancas. Desde a independência, em 1804, até a ocupação dos Estados Unidos, em 1915, nenhum branco poderia ter qualquer tipo de propriedade no Haiti. Isso era um artigo da constituição e que permaneceu apesar das mudanças de governo ao longo do século XIX. 

              A partir de 1824, o presidente Jean-Pierre Boyer passou a oferecer terras e cidadania para os imigrantes exclusivamente negros, vindos dos Estados Unidos. Ao chegar no Haiti, as pessoas teriam acesso a um lote de terra, ferramentas e, após um ano, receberiam a cidadania haitiana. A fim de fazer seu projeto reconhecido, Boyer enviou Jonathas Granville como seu representante oficial para os Estados Unidos. Lá, Granville pode se reunir com afro-americanos de diferentes locais mas, aparentemente, foi na cidade de Baltimore, onde ele participou de reuniões na African Methodist Episcopal Church – Bethel [Igreja Metodista Episcopal Africana] e pode se encontrar com homens e mulheres negros e negras.

              Importante ressaltar que o projeto de Boyer rivalizava com a proposta da Libéria. Se a escolha pela Libéria poderia, para alguns afro-americanos, parecer mais uma forma de colonização criada pelos brancos, a oferta haitiana, de um país negro, livre, governado por negros que tinham evidentes propósitos antiescravistas poderia ser mais atraente. Os projetos de imigração para a Libéria e o Haiti não eram interpretados como equivalentes, mas como alternativas opostas. Os ativistas negros nos Estados Unidos se apropriaram das políticas migratórias de Boyer para fortalecer o discurso em torno de um nacionalismo negro aliado com uma retórica de identidade diaspórica africana, e, ao mesmo tempo, lutavam contra a supremacia branca. Assim, a chegada de Granville a Baltimore, depois de ter passado por Nova York, Filadélfia e Boston, trouxe mais elementos para uma discussão que já existia entre os afro-americanos dos Estados Unidos. 

              O objetivo desse texto não é o de opor uma imagem negativa do Haiti, construída pelos brancos, a uma construção idealizada de uma espécie de “Wakanda” do mundo real. Pretendo, com esses poucos exemplos, explorar as camadas de invisibilização sobre o Haiti e sobre a história haitiana e oferecer elementos para que possamos olhar o Haiti em toda sua potência e complexidade, assim como acontece com as outras nações. As disputas de narrativas em torno da Revolução Haitiana foi efetivo a ponto de fazer calar as reverberações e diminuir os efeitos da própria Revolução. Mas foi efetivo também quando criou outras narrativas, quando diminuiu a potência da organização militar dos escravizados e justificou a derrota de Napoleão através da febre amarela; quando acusou os exércitos haitianos de serem violentos demais; ou quando negou a participação política do Haiti no mundo durante o século XIX. Ao retirar essas camadas de um silenciamento, que emudece e isola, que imprime imagens de selvageria e violência, encontramos ações concretas em torno da liberdade, autonomia e independência que continuaram depois de 1804. 

              Jean-Pierre Boyer assina o acordo com a França pelo reconhecimento da independência do Haiti
              French. Fonte: DURUY, Victor. Histoire populaire contemporaine de la France. Tomo 1. Paris: Lahure, 1864.

               

               

              Assista ao vídeo da historiadora Bethânia Pereira no Acervo Cultne sobre este artigo:

               

              Nossas Histórias na Sala de Aula

              O conteúdo desse texto atende ao previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): 

               

              Ensino Fundamental: EF08HI07 (Identificar e contextualizar as especificidades dos diversos processos de independência nas Américas, seus aspectos populacionais e suas conformações territoriais). EF08HI08 (Conhecer o ideário dos líderes dos movimentos independentistas e seu papel nas revoluções que levaram à independência das colônias hispano-americanas). EF08HI09 (Conhecer as características e os principais pensadores do Pan-americanismo). EF08HI10 (Identificar a Revolução de São Domingo como evento singular e desdobramento da Revolução Francesa e avaliar suas implicações). 

              Ensino Médio: EM13CHS102 (Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos).

              Bethânia Santos Pereira

              Doutoranda do Programa de História Cultural da Universidade Estadual de Campinas; E-mail: be[email protected]; Twitter: @betsoretorno.

               

              ** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE. 
              Tags: direitosHaitiHistoriadoras NegrasliberdadeNossas Histórias.Século XIX
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              • #Repost @institutounibanco • • • • • • No dia 7/4, próxima quarta-feira, às 16h, será realizado o próximo evento do Ciclo de Webinários do Instituto Unibanco! Nesse encontro, em parceria com o Geledés, vamos discutir com especialistas em Educação o tema"Desigualdades e recuperação da aprendizagem na pandemia". Acesse o nosso canal do YouTube e ative as notificações para não perder! #EducaçãoParaJuventudes #Webinário #InstitutoUnibanco
              • "Imprensa e cidadania em São Tomé e Príncipe (1911-1925)". Com este tema, a historiadora Jéssica C. Rosa ocupa a coluna Nossas Histórias desta semana e nos leva a conhecer jornais publicados neste país insular africano em que se registram tensionamentos e ajustamentos ao domínio colonial português no início do século XX. Confira um trecho do artigo:"Em 10 de julho de 1911, no primeiro número do periódico Folha de Annuncios / A Verdade (o jornal mudou de nome em seu terceiro número), publicou-se um texto sem título, mas assinado por Josué Aguiar, que dizia: “Os nativos d’esta ilha não têm outra ambição que não seja lutar pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade, e pelo interesse moral e material da terra que os viu nascer. Querem que justiça se faça a todos, sem distinção de cores e de raças e é isso que solicitam do governo central nas suas reclamações. É necessário que isto se diga para que se saiba e não se façam juízos errados”. Acesse o texto e o vídeo completos no Portal Geledés e no Acervo Cultne. A Coluna Nossas Histórias é uma parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune. #Imprensa #ColonialismoPortuguês #Cidadania #SãoToméePríncipe #HistóriadaÁfrica #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
              • "Levei algum tempo para escolher por me manifestar. Desde meu mestrado, muitos anos atrás, nunca deixei de me manifestar sobre o tema do racismo. Eu, assim como pesquisadores, ativistas, professores, professoras, cidadãos e cidadãs que assumiram o trabalho árduo de serem antirracistas, estamos o tempo todo nos manifestando, explicando, informando, pesquisando, escrevendo, produzindo evidências, formando, educando, sugerindo e implementando ações de combate ao racismo e às opressões que estruturam o Brasil." Leia o Guest Post de Gislene Aparecida dos Santos
              • #Repost @institutorme • • • • • • Novidade boa na área! 😀 ⠀ O Instituto RME fechou parceria com o Geledés Instituto da Mulher Negra! ⠀ Juntas, iremos oferecer capacitações gratuitas a mulheres negras interessadas em empreender, ingressar no mercado de trabalho ou desenvolver carreira na área da tecnologia. Além disso, as mulheres terão acesso gratuito e online ao projeto Potência Feminina realizado em parceria com o Google.org. ⠀ Quer saber mais? Vem para live de lançamento que acontece no dia 7 de abril a partir das 19h no YouTube o Geledés. . . . #redemulherempreendedora #potenciafeminina ⠀
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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