Primavera das mulheres ecoa e faz a diferença na discussão conjuntural

Nestes dias turbulentos de agitação política e social, com muitos riscos para as conquistas históricas dos movimentos sociais, em que muitas se tornaram políticas públicas – como por exemplo o Sistema Único de Saúde que falamos aqui por estes dias – a primavera das mulheres continua ecoando e fazendo uma grande diferença na discussão conjuntural.

Por  Mônica Francisco, do Jornal do Brasil 

Se em 2013, os jovens deram o tom e mobilizaram a sociedade de diversas formas, as mulheres têm dado o tom. As mulheres vêm ocupando a cena social e política de uma maneira surpreendente. São ações como encontros em praças, coletivos de mulheres jovens, negras, das periferias, universitárias e das favelas, por exemplo.

São ações de afirmação em todos os sentidos. Não há como negar a crescente onda de ações capitaneadas pelas mulheres no sentido de chamar a atenção para questões fundamentais para toda sociedade.

As mulheres vêm demonstrando sua força, não só em trazer debates importantes como assédio, violências contra as mulheres, estupro, maternidade, mas incidindo profundamente nas questões que versam sobre a vida política do país.

Se andamos em um momento difícil e afeito a retrocessos e perdas significativas, temos que aplaudir esse momento ímpar de ação direta das mulheres, tanto no campo , como na cidade. Vida longa à primavera das mulheres!

* Mônica Santos Francisco – Consultora na ONG ASPLANDE, Colunista no Jornal doBrasil. Coordenadora do Grupo Arteiras

+ sobre o tema

para lembrar

O depoimento dessa mãe é mais do que um debate: é uma aula essencial sobre feminismo

Ser mãe é daquelas coisas difíceis de explicar, gente:...

Guevedoces: o estranho caso das ‘meninas’ que ganham pênis aos 12 anos

Condição parece ligada a uma deficiência genética comum em...

O crack, a maternidade e o poder público

Adoção de crianças e, mais que tudo, adoção de...
spot_imgspot_img

Comida mofada e banana de presente: diretora de escola denuncia caso de racismo após colegas pedirem saída dela sem justificativa em MG

Gladys Roberta Silva Evangelista alega ter sido vítima de racismo na escola municipal onde atua como diretora, em Uberaba. Segundo a servidora, ela está...

O atraso do atraso

A semana apenas começava, quando a boa-nova vinda do outro lado do Atlântico se espalhou. A França, em votação maiúscula no Parlamento (780 votos em...

Uma mulher negra pode desistir?

Quando recebi o convite para escrever esta coluna em alusão ao Dia Internacional da Mulher, me veio à mente a série de reportagens "Eu Desisto",...
-+=