Relatora de CPI reconhece genocídio contra jovens negros

A CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres, da Câmara dos Deputados, vota nesta quarta-feira (15) o relatório final. O relatório conclui que está em andamento um genocídio nessa faixa da juventude brasileira.

Lucas Pordeus Leon no Radio Agência Nacional

A relatora da CPI, deputada Rosângela Gomes, do PRB, usou os números do Mapa da Violência de 2014 para justificar a conclusão do relatório. Segundo o Mapa, mais de meio milhão de jovens foram assassinados em 10 anos, entre 2002 e 2012.

O relatório da CPI pretende instituir o Plano Nacional de Enfrentamento de Homicídios de Jovens, criar um Fundo para a Igualdade Racial e aprovar leis sobre o assunto em andamento no Congresso. Uma delas é a que acaba com o auto de resistência, tornando mais rígidas as regras para apuração de mortes e lesões causadas por policiais ou outros agentes do Estado.

O texto também recomenda reformas no sistema de segurança, inclusive com a criação de uma polícia estadual desmilitarizada.

O relatório final foi criticado por deputados ligados à área da segurança, como delegados e militares. Eles não aceitam usar o termo genocídio para definir a violência contra os jovens. E não aprovam as recomendações feitas para as instituições policiais. O deputado Major Olímpio, do PDT, criticou o relatório.

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