Rio de Janeiro vai sediar conferência internacional sobre o racismo e o discurso de ódio na Internet

Pesquisadores e ativistas discutem o aumento dos casos de racismo nas plataformas digitais e as formas de combater essas práticas.

Do Correionago

Acontece na cidade do Rio de Janeiro-RJ, nos dias 28 e 29 de abril, a conferência “Racismo e discurso de ódio na Internet: narrativas e contra-narrativas”, promovida pelo Berkman Center, da Universidade de Harvard, e pela Plataforma VoJo Brasil. O evento conta com a parceria do Instituto Mídia Étnica, da Fundação Ford, do ECO-UFRJ, do ITS-Rio, da Superintendência de Igualdade Racial do RJ e dos portais de notícias 1Papo Reto, Correio Nagô e Black Pages Brazil.

A conferência pretende levantar questões relacionadas ao aumento exponencial dos casos de racismo nas plataformas digitais e apresentar exemplos positivos do uso da Internet para o empoderamento dos cidadãos. De acordo com um dos organizadores do evento, Paulo Rogério Nunes, pesquisador afiliado ao Berkman Center, no Brasil, o racismo tem cada vez mais ganhado espaço nos meios digitais.

“As redes sociais estão se convertendo em um território fértil para o racismo, a intolerância e a propagação do ódio. Uma pena, pois se trata de um espaço democrático e que poderia ser mais usado para disseminar cultura, trocas de conhecimento e contribuir para a redução das desigualdades”, analisa Paulo Rogério, que é fundador e diretor executivo do Instituto Mídia Étnica, organização que há dez anos, denuncia as violações aos direitos humanos na mídia, em especial, contra a população negra.

ataques-a-Maju

O encontro vai reunir pesquisadores, líderes empresariais e ativistas envolvidos neste debate. “A ideia é comparar o que está sendo feito nos Estados Unidos, no Brasil e na Colômbia e buscar alternativas para fortalecer as iniciativas positivas que promovam a igualdade e o diálogo construtivo nas redes digitais”,informa Niousha Roshani, também pesquisadora vinculada ao Centro Berkman da Universidade de Harvard.

Durante o encontro também serão debatidos os aspectos legais acerca do discurso do ódio digital e o papel do setor privado na promoção da diversidade.

A conferência é gratuita e aberta ao público e acontece no Windsor Guanabara Hotel (Av. Presidente Vargas, 392 – Centro). É preciso realizar uma inscrição prévia no endereço: http://migre.me/tsmS4

No sábado, 30 de abril, ainda como desdobramento da conferência, acontece uma Oficina das Tecnologias Inclusivas: Vojo e StoryMaker, em parceria com o Grupo de Pesquisa Políticas Economia da Informação e da Comunicação (PEIC). A oficina será na Central de Produção Multimídia CPM-ECO (av. Wenceslau Braz, 71 – entrada ao lado do Instituto Philippe Pinel) – Botafogo.  Inscrições para a oficina no http://migre.me/tsmPF

Fontes para entrevistas:

Paulo Rogério Nunes (071) 9.9166 5403 (WhatsApp)

[email protected] / [email protected]

Niousha Roshani

[email protected]

Divulgação: Rosenildo Ferreira (11) 9.8124 8348

[email protected].

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...