Envie seu texto para o Portal
terça-feira, janeiro 19, 2021
Portal Geledés
  • Home
  • Geledés
    • O Geledés
    • Quem Somos
    • O que fazemos?
    • Projetos em Andamento
      • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
    • Apoiadores & Parceiros
    • Geledés no Debate
    • Guest Post
    • Gęlędę na tradição yorubá
    • Publicações de Geledés
    • Geledés 30 anos
    • Memória Institucional
    • Worldwide
  • Questões de Gênero
    • Todos
    • LGBTQIA+
    • Marielle Franco
    • Mulher Negra
    • Sueli Carneiro
    • Violência contra Mulher
    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    Mulheres pretas acadêmicas

    Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

    Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

    Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

    Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

    Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

    Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

    Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

    Divulgação

    2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

    A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

    ‘Não tenho muito o que me queixar da vida’, diz a cantora Alaíde Costa

    Agência Brasil/EBC

    Mulheres pretas

    Ativistas comemoram a discriminalizão do aborto (crédito: Ronaldo Schemidt/AFP)

    Argentina, lei sobre o aborto e lições para o Brasil e a América Latina

    Trending Tags

      • Mulher Negra
      • Violência contra Mulher
      • LGBTQIA+
      • Sueli Carneiro
      • Marielle Franco
    • Questão Racial
      • Todos
      • Artigos e Reflexões
      • Casos de Racismo
      • Cotas Raciais
      • Violência Racial e Policial
      Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

      Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

      Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

      “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

      Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

      Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

      Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

      O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

      Imagem: Arquivo Pessoal

      “Lutei e provei inocência do meu filho, hoje ajudo mães em penitenciárias”

      Gilmar Bittencourt Santos Silva - Arquivo Pessoal

      Quilombos podem ajudar a mudar o racismo estrutural?

      Arquivo Pessoal

      Governo do Rio sanciona Lei Ágatha, que prioriza investigação de crimes contra crianças e adolescentes

      ilustrações Amanda Favali (@favali_)

      Se os privilegiados estão cansados, imagine os negros

      Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense — Foto: Reprodução/Redes Sociais DHBF

      Oito corpos são encontrados em Belford Roxo, Baixada Fluminense

      Trending Tags

      • #memoriatemcor
      • Artigos e Reflexões
      • Casos de Racismo
      • Cotas Raciais
      • Violência Racial e Policial
    • Em Pauta
    • Discriminação e Preconceitos
      • Todos
      • Casos de Preconceito
      • Defenda-se
      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

      13 palavras e expressões da língua portuguesa para não usar mais

      Racismo e desigualdades: o que há de democrático na Covid-19?

      Pixabay

      Coronavírus expõe o racismo ambiental: negros são o corpo que o Estado secou

      Trending Tags

        • Defenda-se
      • África e sua diáspora
        • Todos
        • Africanos
        • Afro-americanos
        • Afro-brasileiros
        • Afro-brasileiros e suas lutas
        • Afro-canadenses
        • Afro-europeus
        • Afro-latinos e Caribenhos
        • Entretenimento
        • Esquecer? Jamais
        • Inspiradores
        • No Orun
        • Patrimônio Cultural
        Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

        Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

        Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

        ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

        O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

        Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

        O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

        ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

        Divulgação

        Série Oxalaive promove 14 encontros poéticos virtuais

        Regé-Jean Page (Foto: Reprodução/Instagram)

        Quem é Regé-Jean Page, a estrela da série “Bridgerton”?

        Arte por Raquel Batista

        O Movimento Negro Organizado Hoje: Vozes da Coalizão Negra Por Direitos #DesenraizandoRacismo

        Ana Hikari (Reprodução/Insytagram/@ _anahikari)

        Ana Hikari, 1ª protagonista asiática da TV: ‘Passei a vida reduzida a japa’

        Netflix

        Lupin: Série francesa da Netflix quebra recorde na plataforma

        Trending Tags

          • Africanos
          • Afro-americanos
          • Afro-brasileiros
          • Afro-brasileiros e suas lutas
          • Afro-canadenses
          • Afro-europeus
          • Afro-latinos e Caribenhos
          • Entretenimento
          • Esquecer? Jamais
          • Inspiradores
          • No Orun
          • Patrimônio Cultural
        Sem resultados
        Ver todos os resultados
        • Home
        • Geledés
          • O Geledés
          • Quem Somos
          • O que fazemos?
          • Projetos em Andamento
            • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
          • Apoiadores & Parceiros
          • Geledés no Debate
          • Guest Post
          • Gęlędę na tradição yorubá
          • Publicações de Geledés
          • Geledés 30 anos
          • Memória Institucional
          • Worldwide
        • Questões de Gênero
          • Todos
          • LGBTQIA+
          • Marielle Franco
          • Mulher Negra
          • Sueli Carneiro
          • Violência contra Mulher
          Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

          Mulheres pretas acadêmicas

          Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

          Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

          Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

          Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

          Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

          Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

          Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

          Divulgação

          2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

          A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

          ‘Não tenho muito o que me queixar da vida’, diz a cantora Alaíde Costa

          Agência Brasil/EBC

          Mulheres pretas

          Ativistas comemoram a discriminalizão do aborto (crédito: Ronaldo Schemidt/AFP)

          Argentina, lei sobre o aborto e lições para o Brasil e a América Latina

          Trending Tags

            • Mulher Negra
            • Violência contra Mulher
            • LGBTQIA+
            • Sueli Carneiro
            • Marielle Franco
          • Questão Racial
            • Todos
            • Artigos e Reflexões
            • Casos de Racismo
            • Cotas Raciais
            • Violência Racial e Policial
            Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

            Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

            Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

            “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

            Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

            Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

            Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

            O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

            Imagem: Arquivo Pessoal

            “Lutei e provei inocência do meu filho, hoje ajudo mães em penitenciárias”

            Gilmar Bittencourt Santos Silva - Arquivo Pessoal

            Quilombos podem ajudar a mudar o racismo estrutural?

            Arquivo Pessoal

            Governo do Rio sanciona Lei Ágatha, que prioriza investigação de crimes contra crianças e adolescentes

            ilustrações Amanda Favali (@favali_)

            Se os privilegiados estão cansados, imagine os negros

            Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense — Foto: Reprodução/Redes Sociais DHBF

            Oito corpos são encontrados em Belford Roxo, Baixada Fluminense

            Trending Tags

            • #memoriatemcor
            • Artigos e Reflexões
            • Casos de Racismo
            • Cotas Raciais
            • Violência Racial e Policial
          • Em Pauta
          • Discriminação e Preconceitos
            • Todos
            • Casos de Preconceito
            • Defenda-se
            Foto: Deldebbio

            Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

            FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

            Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

            A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

            Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

            Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

            Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

            (Jonathan Alcorn/AFP/)

            Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

            Imagem: Geledes

            Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

            GettyImagesBank

            13 palavras e expressões da língua portuguesa para não usar mais

            Racismo e desigualdades: o que há de democrático na Covid-19?

            Pixabay

            Coronavírus expõe o racismo ambiental: negros são o corpo que o Estado secou

            Trending Tags

              • Defenda-se
            • África e sua diáspora
              • Todos
              • Africanos
              • Afro-americanos
              • Afro-brasileiros
              • Afro-brasileiros e suas lutas
              • Afro-canadenses
              • Afro-europeus
              • Afro-latinos e Caribenhos
              • Entretenimento
              • Esquecer? Jamais
              • Inspiradores
              • No Orun
              • Patrimônio Cultural
              Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

              Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

              Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

              ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

              O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

              Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

              O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

              ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

              Divulgação

              Série Oxalaive promove 14 encontros poéticos virtuais

              Regé-Jean Page (Foto: Reprodução/Instagram)

              Quem é Regé-Jean Page, a estrela da série “Bridgerton”?

              Arte por Raquel Batista

              O Movimento Negro Organizado Hoje: Vozes da Coalizão Negra Por Direitos #DesenraizandoRacismo

              Ana Hikari (Reprodução/Insytagram/@ _anahikari)

              Ana Hikari, 1ª protagonista asiática da TV: ‘Passei a vida reduzida a japa’

              Netflix

              Lupin: Série francesa da Netflix quebra recorde na plataforma

              Trending Tags

                • Africanos
                • Afro-americanos
                • Afro-brasileiros
                • Afro-brasileiros e suas lutas
                • Afro-canadenses
                • Afro-europeus
                • Afro-latinos e Caribenhos
                • Entretenimento
                • Esquecer? Jamais
                • Inspiradores
                • No Orun
                • Patrimônio Cultural
              Sem resultados
              Ver todos os resultados
              Portal Geledés
              Sem resultados
              Ver todos os resultados

              Soares, sobre o recorde de mortes da PM do Rio: “Estatizamos homicídios”

              20/01/2020
              em Violência Racial e Policial
              Tempo de leitura: 7 min.

              Mauro Pimentel/Folhapress

              Mauro Pimentel/Folhapress

              O porteiro Claudio Henrique de Oliveira foi morto por policiais militares na quinta-feira 12, durante operação na favela do Vidigal, no Rio de Janeiro. Amigos e parentes do rapaz denunciam que, ao contrário do que alegam as autoridades, ele não era traficante e não estava armado. Na ação, quatro pessoas foram mortas.

              Por Chico Alve, da UOL 

              Luiz Eduardo Soares (Foto: Mauro Pimentel/Folhapress)

              Testemunhas dizem que os PMs chegaram atirando, sem qualquer preocupação de evitar atingir inocentes. Além dos parentes de Oliveira, a família do carregador Marcos Guimarães da Silva, também morto na mesma ofensiva, garante que ele não tinha envolvimento com o crime.

              ArtigosRelacionados

              Arquivo Pessoal

              Governo do Rio sanciona Lei Ágatha, que prioriza investigação de crimes contra crianças e adolescentes

              15/01/2021
              O antropólogo e professor da Uerj Luiz Eduardo Soares (Foto: Artur Renzo)

              Medidas impulsionam ‘audácia antidemocrática’ das polícias, diz antropólogo

              13/01/2021
              Mãe de Emily Victoria Silva dos Santos, 4, fala durante protesto após morte da menina em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense - Nicola Pamplona/Folhapress

              Por que matam os nossos pássaros negros?

              13/01/2021

              Os mortos no Vidigal se somam à impressionante relação de vítimas que nos últimos meses perderam a vida durante ações da polícia fluminense. Essa estatística chegou ao topo em 2019, com 1.686 mortes. A tática de enfrentamento determinada pelo governador Wilson Witzel, com muitos tiros disparados e pouco trabalho de inteligência, é o principal motivo dessa disparada, para perplexidade dos defensores dos direitos humanos e de qualquer um que pretenda viver em uma sociedade que mereça ser chamada de civilizada.

              Diante da indignação de vários setores da população e instituições, qual a dificuldade de surgir uma alternativa à estratégia do “tiro na cabecinha”, como a defendida por Witzel?

              Para tentar responder a essa pergunta, a coluna entrevistou o antropólogo Luiz Eduardo Soares, que em 1999 foi subsecretário de Segurança e Coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do estado. Formulou a estratégia para o setor, justamente quando a estatística de mortes pela polícia fluminense atingiu seu ponto mais baixo: 246 mortes. Quase sete vezes menos que hoje:

              UOL – Como o sr., que conseguiu o menor número de mortes em ação policial no Rio de Janeiro em 21 anos, vê esse recorde de mortes registrado em 2019?

              Luiz Eduardo Soares – Naquele ano, foram 246 casos, menor que os números anteriores e menor que os subsequentes. Uma quantidade extraordinariamente elevada em termos de Europa e Estados Unidos, onde as pessoas poderiam dizer: “como se pode celebrar um número desses, tão tágico?” De fato, 246 era elevadíssimo, mas na nossa série histórica, anterior e posterior, é uma conquista no sentido de redução muito pronunciada e sobretudo uma demonstração que isso é possível, se esse for realmente o objetivo de fato das políticas de segurança, se houver todo o empenho em torno dessa redução.

              Tivemos no ano passado um recorde histórico e no ano anterior também um recorde histórico. Portanto, quando se tem um recorde quebrado depois de outro recorde quebrado, é porque as coisas estão de fato em ascensão vertiginosa. Em 2019, até novembro, foram 1.686 mortes provocadas por ações policiais. Se incluirmos dezembro, cuja informação ainda não está disponível, nós vamos ter ainda mais. De qualquer maneira, 1.686 já corresponde a 40% dos homicídios que ocorreram na cidade do Rio, corresponde a mais de 30% dos que ocorreram no interior do estado. Em algumas áreas, chegamos a ter 55% dos homicídios perpetrados em ações policiais. Estão, como disse um amigo meu, estamos estatizando os homicídios. Isso é extremamente grave….

              Um outro ponto importante e que não tem sido divulgado: o governador anunciou queda no número de roubos, mas é muito curioso que ele não inclua aquelas ações perpetradas pelas milícias, porque, a rigor, quando você tem uma subtração de bem alheio por grave ameaça, coerção ou violência, temos o que se chama roubo. É isso que as milícias fazem cotidianamente, impactando a vida de centenas de milhares de pessoas, nas áreas mais diversas, sobretudo na Zona Oeste do Rio e na Baixada Fluminense. Então, quando você impõe uma taxa ilegal, um percentual ou uma importância fixa sobre toda a dinâmica econômica comercial ou até imobiliária de uma comunidade está acontecendo roubo. Mas isso não é computado como roubo. Aí ele (o governador) diz: ‘os roubos estão caindo’. Enquanto isso as milícias tomando conta de todo o estado.

              É um negócio inacreditável. É uma questão gravíssima porque não se trata apenas da subtração da propriedade alheia, mas também da subtração da liberdade alheia. Essas tiranias formam verdadeiros baronatos feudais, que penetram o mundo político, como nós sabemos.

              Punir esse tipo de crime é algo mais difícil, pela proximidade entre investigadores e investigados.

              Mais do que proximidade. Como a maior parte dos milicianos são policiais, é o próprio agente do estado na sua segunda função. De um lado é policial, do outro bandido. Existe uma divisão do trabalho que torna funcional essa complementaridade. Por exemplo: um batalhão, uma determinada tropa, ocupa um espaço, um território, para beneficiar a milícia que vai herdar aquele território, liderado pelo ocupante anterior, normalmente traficante. O miliciano não precisa se arriscar, gastar recursos humanos e materiais numa empreitada perigosa como essa, de ocupar território. Isso é facultado à polícia como tarefa institucional. E a polícia muitas vezes cumpre esse papel na articulação com a milícia, na divisão do trabalho.

              Então, a milícia só colhe o benefício da ação pública da polícia. E já houve tempo em que milicianos se apresentavam como inimigos dos traficantes, mas hoje temos a demonstração de que aquilo era uma hipocrisia. Muitos deles já traficam ou terceirizam para os próprios antigos traficantes, ou fazem sociedade, articulações com o tráfico. Há todo tipo de variação nessa relação. É um quadro bastante complexo.

              Qual o caminho para reverter a estratégia do “tiro na cabecinha”?

              Temos que mudar, porque não está funcionando. Esse caminho extralegal, da violência autorizada, isso está produzindo esse péssimo resultado. Se partirmos do pressuposto de que é preciso buscar uma nova direção, nós seríamos capazes de construir uma grande coalizão em torno da Constituição e de propostas alternativas. Esse primeiro passo parece tão simples, mas nem isso a gente está conseguindo que seja ouvido. Porque a camada de preconceito e a visão enrijecida parece que é infensa às evidências, à reflexão. É uma espécie de blindagem, parece que o discurso da violência venceu, e as pessoas se movem apenas pelo medo e pela vingança. Isso não é um bom caminho, porque isso impede a reflexão.

              Segundo passo: teríamos que entender porque apostar nessa estratégia gera um resultado negativo, o oposto do que se deseja. Tenho repetido como mantra, ao longo dos anos, que quando a gente se dirige a uma pessoa que pensa ‘Eu quero que meu filho chegue vivo em casa, isso é que é fundamental pra mim, o resto que se dane’, a gente tem que compreender e respeitar. Mas podemos argumentar com essa pessoa que se ela aceita que a polícia faça o que quiser, mate, faça qualquer coisa independentemente do que for para garantir a segurança do seu filho, na prática o que essa pessoa faz sem querer é apoiar um tipo de ação que vai levar ao contrário do que ela deseja.

              Acontece o seguinte: quando se dá ao policial lá na ponta o direito de matar extrajudicialmente não só na legítima defesa, essa liberdade para matar corresponde também a liberdade de não matar. E essa decisão pode ser negociada como se fosse uma moeda. O policial pode dizer: quanto você me dá para eu não te matar? A sobrevivência passa a ser fruto do arbítrio policial e se converte em moeda que será fonte de enriquecimento ilícito.

              Quando isso acontece, como em toda a dinâmica econômica, tende a se organizar. Isso gera a criação de grupos que passam a agir à margem da instituição, crescentemente avançando na busca de mais lucros e menos riscos. Passamos ao novo estágio que é cooperativo, organizado, em que grupos de policiais negociam com seus alvos um pagamento regular. Os alvos se tornam menos vulneráveis, os policiais lucram sem precisar se arriscar. Isso tende a se alastrar. Isso significa melhor polícia? Não. Significa a derrocada, a degradação institucional, o enfraquecimento da polícia e, no limite, a impossibilidade de distinguir o que é crime o que é lei. Aquela pessoa preocupada em garantir a integridade do filho colhe tempestade.

              Com razão, a esquerda critica bastante esse modelo de segurança pública, mas não apresenta uma proposta alternativa que seja factível.

              A vida toda eu digo isso. Nós, do campo da esquerda (e eu estou me incluindo nesse campo), somos muito bons na crítica e na denúncia, que são indispensáveis. Mas temos dificuldade na formulação propositiva de alternativas que sejam realistas e passíveis de serem implementadas.

              ntão, não faltam propostas, que eu creio factíveis. Não sou só eu, há vários de nós que fazemos isso. Mas essas propostas não foram encampadas pelas instituições, partidos, sindicatos, associações. Não foi negociado para que houvesse uma espécie de consenso mínimo entre nós.Isso envolveria, evidentemente, o centro liberal, todos aqueles que prezassem a Constituição, os direitos humanos, que tivessem uma linha legalista. Basta ter em comum a regência dos princípios constitucionais.

              Por qual motivo há tanta dificuldade para a esquerda contribuir com uma proposta para a segurança?

              Temos duas questões diferentes para entender isso. Uma: olhar um partido de esquerda que esteve no poder, a gente teve 15 anos de muitos casos. Foram os casos do PT, PDT e PSB, partidos considerados de centro-esquerda, progressistas, que estiveram nos governos estaduais. Alguns raríssimos foram ousados nessa área e tentaram algo diferente, mas são casos isolados. isso porque frequentemente os partidos no poder tendem a jogar o jogo da opinião pública majoritária da mesma forma que os partidos tradicionais fazem. Dizem que não têm tempo de persuadir a sociedade e o crime vai aumentando?

              A tendência é que haja um primeiro período de dificuldades, vamos pagar um preço? Normalmente, a resposta é que não se tem tempo pra isso, faz-se o jogo do discurso dominante, o governador se mostra heroico, há o discurso demagógico. Por falta te convicção, por populismo, demagogia, tivemos esse resultado: ao longo dos anos, muitas experiências de centro-esquerda, progressistas, etc., que avançaram em outras áreas, mas atolaram na área de segurança, repetindo os velhos padrões.

              E os outros, que são, digamos, mais sinceros, e mais identificados com uma pauta de esquerda, mais refratários a um discurso oportunista? Esses têm em geral um outro problema: há uma tendência em considerar que falar em segurança já é adotar uma perspectiva conservadora. . Na visão do campo de marxismo mais ortodoxo, há fundamentos teóricos, que me parecem equivocados, para essa interpretação. Mas há aqueles mais orientados pelo anarquismo, que não admitem Estado, e muito menos polícia, que seria a manifestação do estado na sua vertente coercitiva. Aí perguntamos: mas e aí, como é que fica. Dizem eles: cada comunidade organiza a sua polícia. Posso antecipar que já temos isso e chama-se milícia.

              Tags: #BlackLivesMatterem pautagenocídio da população negraHolocausto‬violência racial e policial
              PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus PLPs em Ação - Geledés no enfrentando ao corona virus
              Postagem Anterior

              Eu respeito o seu amém, você respeita o meu axé

              Próxima Postagem

              “Estudantes devem ser tratados como pessoas. Estamos fazendo isso?”

              Deixe um comentário abaixo, sua contribuição é muito importante.

              Artigos Relacionados

              Arquivo Pessoal
              Violência Racial e Policial

              Governo do Rio sanciona Lei Ágatha, que prioriza investigação de crimes contra crianças e adolescentes

              15/01/2021
              O antropólogo e professor da Uerj Luiz Eduardo Soares (Foto: Artur Renzo)
              Em Pauta

              Medidas impulsionam ‘audácia antidemocrática’ das polícias, diz antropólogo

              13/01/2021
              Mãe de Emily Victoria Silva dos Santos, 4, fala durante protesto após morte da menina em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense - Nicola Pamplona/Folhapress
              Artigos e Reflexões

              Por que matam os nossos pássaros negros?

              13/01/2021
              Policiais atiram em Jacob Blake (Reprodução)
              Violência Racial e Policial

              Promotoria não denunciará policial que atirou contra homem negro em Wisconsin

              06/01/2021
              Jhordan Natividade foi encontrado morto a 8 quilômetros de onde ele e Edson foram abordados por PMs (Foto: Reprodução)
              Violência Racial e Policial

              Jovem morto após abordagem de PMs na Baixada foi executado com tiro no rosto

              19/12/2020
              José Antonio Correa Francisco (Arquivo Pessoal)
              Artigos e Reflexões

              Ruptura: antirracismo x banalização

              17/12/2020
              Próxima Postagem
              Vera Godoy / Cartola - Agência de Conteúdo

              “Estudantes devem ser tratados como pessoas. Estamos fazendo isso?”

              Últimas Postagens

              Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

              Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

              19/01/2021

              “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

              É falso que Ministério da Saúde pré-cadastre para vacinação contra Covid-19 por telefone ou SMS

              Governo de SP retira quilombolas de grupo prioritário da vacinação contra Covid-19; lideranças vão se reunir para recorrer da mudança

              Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

              Artistas recusam indicações ao Grammy por categoria ter nomeado apenas artistas brancos

              Artigos mais vistos (7dias)

              Netflix

              Lupin: Série francesa da Netflix quebra recorde na plataforma

              11/01/2021
              Regé-Jean Page (Foto: Reprodução/Instagram)

              Quem é Regé-Jean Page, a estrela da série “Bridgerton”?

              13/01/2021
              Diego Reis, CEO do Banco Afro | Divulgação/Imagem retirada do site o Globo

              Banco Afro atinge 30 mil clientes com salto após declaração de sócia do Nubank

              13/01/2021

              52 nomes africanos femininos e masculinos para o seu bebê

              31/03/2020
              iStockphoto

              Aprenda definitivamente a usar a vírgula com 4 regras simples

              10/06/2015

              Twitter

              Facebook

              • Já que o mundo está em medida de contenção social, acredito estar diante de um dos maiores desafios que o ser humano possa receber da vida, que é o de ter a oportunidade de ficar sozinho e explorar a sua consciência, conhecer quem é essa pessoa que cohabita em meu corpo, ou seja tentar descobrir quem “eu dentro de mim”. Leia o Guest Post de Tatiane Cristina Nicomedio dos Santos em: www.geledes.org.br
              • Enfermeira Monica Calazans, primeira pessoa vacinada em território nacional
              • "Escolhi parafrasear no título do presente guest post a escritora brasileira, Conceição Evaristo, que constrói contos e poemas reveladores da condição da população negra no país. A intelectual operaciona a categoria de “escrevivência”, através de uma escrita que narra o cotidiano, as lembranças e as experiências do outro, mas sobretudo, a sua própria, propagando os sentimentos, as lutas, as alegrias e resistências de um povo cujas vozes são silenciadas." Leia o Guest Post de Ana Paula Batista da Silva Cruz em: www.geledes.org.br
              • ✊🏾 1960-1970: Grupo Palmares de Porto Alegre e a afirmação do Dia da Consciência Negra ✊🏾 Está disponível mais uma sala da Exposição “20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra” no Google Arts & Culture! Link: https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/4/exhibit/1960-1970-grupo-palmares-de-porto-alegre-e-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-do-dia-da-consci%C3%AAncia-negra/tgLSJakjmcizKA 🙌🏿 Esta sala é especialmente dedicada à movimentação do Grupo Palmares em Porto Alegre, fundado em 1971, afirmando o Vinte de Novembro como Dia da Consciência Negra. Em 2021, o Vinte completa 50 anos! Conecte-se ao compromisso de ativistas negros e negras gaúchas em defesa de uma história justa sobre as lutas negras por liberdade por meio de depoimentos, fotografias, poemas, anotações, cartas, entre outros documentos. Vamos junt@s! 🖤 O material pode ser acessado em português e inglês e é mais um resultado da parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs(@historiadorxsnegrxs , Geledés Instituto da Mulher Nega e o Acervo Cultne! (@cultne) 🎉 Ao longo de todo 2021, muitas outras “Nossas Histórias” sobre vidas, lutas e saberes da gente negra serão contadas em salas de exposições virtuais!
              • "A história do indigenismo no século XIX tem importantes pontos de conexão com a história do tráfico escravista. A investigação dessas conexões permite compreender como possibilidades de branqueamento foram projetadas na nação brasileira, para além da mais conhecida: a imigração europeia ocorrida entre o último quartel do século XIX e 1930." Leia o artigo do historiador Samuel Rocha Ferreira publicado na coluna “Nossas Histórias” **A coluna “Nossas Histórias” é uma realização da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros em parceira com o Portal Geledés e o Acervo Cultne.
              • "Afirmar que este ano foi ganho para a EDUCAÇÃO parece beirar à cegueira. Escolas fechadas, estudantes, professores, gestores todos os servidores em casa e sem aulas presenciais." Leia o Guest Post de Jocivaldo dos Anjos em: www.geledes.org.br
              • Territórios negros e periféricos no enfrentamento à pandemia da COVID-19: um estudo sobre as ações desenvolvidas na região metropololitana de São Paulo Por compreender a importância das diversas iniciativas realizadas para o enfrentamento da Covid-19, Geledés Instituto da Mulher Negra, Rede Conhecimento Social e um grupo de coletivos e movimentos sociais realizaram uma pesquisa sobre as formas de atuação e enfrentamento à pandemia da COVID-19 protagonizadas pela sociedade civil na região metropolitana de São Paulo, de forma a identificar as experiências, as problemáticas enfrentadas e os desafios para a continuidade das iniciativas. Para saber mais acesse www.geledes.org.br
              • "Enquanto um fenômeno multidimensional da política estadunidense que envolve dinâmicas de classe, gênero e raça, o trumpismo revelou diferentes faces, que na maioria das vezes se materializou em manifestações públicas de homens brancos da classe trabalhadora." Leia o Guest Post de Flávio Thales Ribeiro Francisco em: www.geledes.org.br
              Facebook Twitter Instagram Youtube

              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

              Fique em casa

              Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

              Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

              19/01/2021
              Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

              “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

              19/01/2021
              (Foto: Danilo Verpa/ Folhapress)

              É falso que Ministério da Saúde pré-cadastre para vacinação contra Covid-19 por telefone ou SMS

              19/01/2021

              1997 - 2020 | Portal Geledés

              Sem resultados
              Ver todos os resultados
              • Home
              • Geledés
                • O Geledés
                • Quem Somos
                • O que fazemos?
                • Projetos em Andamento
                  • PLPs em Ação – Geledés no Enfrentamento ao coronavírus
                • Apoiadores & Parceiros
                • Geledés no Debate
                • Guest Post
                • Gęlędę na tradição yorubá
                • Publicações de Geledés
                • Geledés 30 anos
                • Memória Institucional
                • Worldwide
              • Questões de Gênero
                • Mulher Negra
                • Violência contra Mulher
                • LGBTQIA+
                • Sueli Carneiro
                • Marielle Franco
              • Questão Racial
                • Artigos e Reflexões
                • Casos de Racismo
                • Cotas Raciais
                • Violência Racial e Policial
              • Em Pauta
              • Discriminação e Preconceitos
                • Defenda-se
              • África e sua diáspora
                • Africanos
                • Afro-americanos
                • Afro-brasileiros
                • Afro-brasileiros e suas lutas
                • Afro-canadenses
                • Afro-europeus
                • Afro-latinos e Caribenhos
                • Entretenimento
                • Esquecer? Jamais
                • Inspiradores
                • No Orun
                • Patrimônio Cultural

              1997 - 2020 | Portal Geledés

              Welcome Back!

              Login to your account below

              Forgotten Password?

              Create New Account!

              Fill the forms bellow to register

              All fields are required. Log In

              Retrieve your password

              Please enter your username or email address to reset your password.

              Log In

              Add New Playlist

              Utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência para os visitantes do Portal Geledés. Ao prosseguir você aceita os termos de nossa Política de Privacidade.OKVer Política de Privacidade