A jornada de Ingrid Silva, das favelas do Rio até o ballet profissional em NY

A jornada rumo aos seus sonhos começa dentro de você. Essa é a mensagem do curta “Ingrid Silva”, que conta a trajetória de Ingrid, de Benfica, bairro pobre do Rio de Janeiro, até os palcos norte-americanos como bailarina do Dance Theatre of Harlem, em Nova Iorque. O filme é poderoso justamente por ser direto ao ponto: em primeira pessoa, você atravessa as dores, a resiliência e a força dessa bailarina que foi capaz de superar muitas barreiras para fazer sua história alcançar o único e justo final feliz.

no Hypeness

O talento, afinal, não pergunta sua cor, sua classe social, seu local de origem ou seu gênero antes de aparecer – somos nós e o mundo que criamos essas barreiras ou fechamos os olhos com a venda do preconceito para dizer que alguém não pode ou deve lutar por seu sonho. Ingrid é filha de uma empregada doméstica com um funcionário aposentado da força aérea, Ingrid enfrentou as próprias condições sociais impostas e o racismo para chegar onde hoje está.

A própria estética do balé é voltada para a ideia de bailarinas sempre brancas, a começar pela sapatilha, que só é vendida em modelos cor-de-rosa, provocando um contraste intenso com o tom de pele de Ingrid. Para resolver tal dilema, a bailarina brasileira pinta sua sapatilha com maquiagens que ela própria compra.

Sua mãe teve o visto negado para os EUA, e por isso ainda não conseguiu realizar seu sonho: ver a filha brilhar nos palcos de Nova Iorque como uma das maiores jovens bailarinas do mundo.

Veja abaixo, em outro vídeo, Ingrid brilhando e falando um pouco de seu trabalho:

© fotos: facebook/reprodução

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