Ataque a Vini Jr. alerta para piora do racismo e pauta com ministra Anielle em NY

FONTEPor Aline Bronzati, do Broadcast
Vini foi alvo de racismo mais uma vez no Campeonato Espanhol (Foto: Jose Jordan/ AFP)

Os ataques racistas contra o jogador brasileiro Vinícius Junior, do Real Madrid, em uma partida da liga espanhola de futebol ontem, dia 21, reforçam o alerta para o aumento de casos como este ao redor do globo. O tema preocupa a comunidade internacional e será foco de debate organizado pela ONG Geledés-Instituto da Mulher Negra, que contará com a participação da ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, em Nova York, às margens da Segunda Sessão do Fórum Permanente sobre Afrodescendentes da Organização das Nações Unidas (ONU).

No centro das discussões, estratégias para desmantelar as raízes que suportam o aumento de casos de racismo no mundo. Dentre elas, o fortalecimento de um banco de dados globais com o objetivo não só de medir, mas rastrear e abordar as diferentes formas de discriminação contra pessoas negras.

O mais recente caso é o novo insulto racista sofrido pelo brasileiro Vinícius Junior na Espanha. O Itamaraty repudiou os ataques ao jogador e cobrou providências às autoridades governamentais e esportivas do país para que os responsáveis sejam punidos e que se evite a recorrência de novos crimes. Em nota, a pasta apela ainda à FIFA, à Federação Espanhola e à Liga a aplicar as “medidas cabíveis”.

Caminhos para conter o aumento da frequência de casos de racismo no mundo estarão no centro dos debates do evento “Estratégias de enfrentamento do racismo global”, organizado pela ONG Geledés-Instituto da Mulher Negra, no dia 31 de maio, no Bahá’í International Community, em Nova York, nos EUA. Reforça ainda os desafios da Segunda Sessão do Fórum Permanente sobre Afrodescendentes da Organização da ONU, que acontece entre os dias 30 de maio a 2 de junho, em Nova York.

Além da ministra da Igualdade Racial do Brasil, o evento deve reunir especialistas nacionais e internacionais no tema, como a presidente do Fórum Permanente de Afrodescendentes das ONU, Epsy Campbell Barr, e Alejandro de La Fuente, do Centro de Estudos Afro-Latino americanos da Universidade de Harvard, e ainda Suelaine Carneiro, porta-voz da ONG Geledés na discussão.

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