Eu e Naná
A desproporção com que a vertente cultural ocidental ou americanoeuropeia se sobrepõe à índio-africano-ibérico-popular é de atordoante violência por Antonio Nobrega, no Carta Capital Guardarei duas lembranças e uma música de Naná Vasconcelos: estou no Recife e recebo a notícia de que ele deixara a cidade para ir morar no Rio (depois partiria para fora do país); a outra: apresentando-me no show de abertura do carnaval de Recife em 2014, ano em que fui o seu homenageado, recebo de Naná, que fora o do ano anterior, a placa da homenagem. Posso dizer que as duas lembranças fazem parte do lado simbólico e afetivo que sempre guardarei dele; quanto à música, a carrego materialmente. Ela é uma presença viva e constante no cotidiano exercício da minha dança. Quando quero dar um passeio geral por ela recorro àquela sua música de uma só frase melódica, mas de ritmo inebriante. Vai-se um músico ...
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