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    Camila Moura de Carvalho: Por que o feminismo negro?

    Djamila Ribeiro – Filósofa e Escritora “Não é preciso ser negro para se engajar na luta antirracista” (Foto: Victor Affaro)

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    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    A importância da proteção de defensores e defensoras de direitos humanos 

    Ilustração/ Thaddeus Coates

    Quando eu descobri a negritude

    Bianca Santana - Foto: João Benz

    Queremos uma presidenta em 2022!

     A24 Studios/Reprodução

    O Homem Negro Vida

    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala prepara seu discurso após ser nomeada, em sua casa de Potomac, Maryland. (Foto: ERIC BARADAT / AFP)

    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala será a primeira mulher africana a dirigir a OMC

    (Foto: Divulgação/ Editora ContraCorrente) 

    Por ela, por elas, por nós

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      Foto: Reprodução/ TV Globo

      Carol Conká, a Karabá do BBB

      Bianca Santana, jornalista, cientista social e pesquisadora - Foto: Bruno Santos/Folhapress

      Notícia sem contexto contribui para o genocídio negro no Brasil, afirma pesquisadora

      Alice Hasters (Foto: Tereza Mundilová/ @terezamundilova)

      Alice Hasters – Por que os brancos gostam de ser iguais

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      Foto: Diêgo Holanda/G1

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      Foto: Ari Melo/ TV Gazeta

      Moradores carregam corpos e relatam danos psicológicos após ações da PM na Baixada Fluminense

      Keeanga-Yamahtta Taylor (© Don Usner)

      O que o Black Lives Matter diz ao mundo e ao Brasil

      83% dos presos injustamente por reconhecimento fotográfico no Brasil são negros

      Ilustração/ Thaddeus Coates

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      Brasil segue no topo de ranking de assassinatos de pessoas trans no mundo

      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

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        Mary Aguiar (Foto: Imagem retirada do site Bahia.ba)

        Mary Aguiar, primeira juíza negra do país, morre aos 95 anos

        Chiquinha Gonzaga aos 47 anos, em 1984 (Acervo Instituto Moreira Salles/Coleção Edinha Diniz/Ciquinha Gonzaga)

        Negritude de Chiquinha Gonzaga ganha acento em exposição em São Paulo

        Edusa Chidecasse (Foto: Reprodução/ @tekniqa.studios)

        Websérie Bantus entrevista atriz angolana

        Itamar Assumpção/Caio Guatalli

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        Lula Rocha, expoente do movimento negro do Espírito Santo - Arquivo pessoal

        Morte: Agregador, articulou cultura e educação no movimento negro

        Chiquinha Gonzaga  Acervo Instituto Moreira Salles/Coleção Edinha Diniz/Divulgação

        Itaú Cultural abre a série Ocupação em 2021 com mostra dedicada à maestrina Chiquinha Gonzaga

        Vacinação contra a Covid-19 dos Quilombolas da comunidade Sucurijuquara, região isolada do Distrito de Mosqueiro, no Pará (Foto: FramePhoto / Agência O Globo)

        Covid-19: maioria da população, negros foram menos vacinados até agora

        Osaka comemora título do Austraçlian Open após vitória contra Brady (Foto: ASANKA BRENDON RATNAYAKE / REUTERS)

        Osaka conquista Australian Open e chega ao 4º título de Grand Slam

        Viviane Ferreira (Foto: Imagem retirada do site Glamurama)

        Cineasta Viviane Ferreira será a nova diretora-presidente da SPCINE

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              Fugindo da guerra, congoleses enfrentam violência, racismo e desemprego para recomeçar no Brasil

              31/07/2018
              em África e sua diáspora, Casos de Racismo, Questão Racial
              Tempo de leitura: 5 min.

              Congoleses enfrentam violência, pobreza e desemprego para recomeçar no Brasil (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              Congoleses enfrentam violência, pobreza e desemprego para recomeçar no Brasil (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              Congoleses enfrentam violência, pobreza e desemprego para recomeçar no Brasil (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              Se não tivessem desembarcado no Brasil cinco anos atrás, os irmãos congoleses Ali e Chadrac acreditam que já estariam mortos.

              Por Júlia Carneiro, Felipe Souza e Fabio Teixeira*, da BBC

               

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              Salão frequentado pela comunidade de congoleses na favela Cinco Bocas, onde moram dezenas de famílias de refugiados, em Brás de Pina, na zona norte do Rio (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              “Poderíamos ter tido o mesmo destino que meu tio e meu primo”, diz Ali, referindo-se aos parentes, pai e filho, que foram decapitados na guerra civil da República Democrática do Congo (RDC) no ano passado – vítimas de um conflito que já tirou cinco milhões de vidas ao longo de duas décadas.

              Em julho de 2013, enquanto multidões de católicos do mundo todo louvavam o papa Francisco na praia de Copacabana, os jovens Ali Ngangu Ntela e Chadrac Kembilu Nkusu desembarcavam no Rio deixando para trás sua família, seu país e a guerra.

              A Jornada Mundial da Juventude foi a oportunidade agarrada pelos irmãos e muitos outros que conseguiram vistos com mais facilidade para escapar do Congo, o maior país da África subsaariana, e nunca voltar. No ano seguinte, tiveram o pedido de refúgio acatado.

              Fiel participa de culto evangélico em igreja pentecostal fundada por pastor congolês em Brás de Pina, frequentada majoritariamente por refugiados do país (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              Os irmãos são parte de uma comunidade de quase dois mil refugiados ou solicitantes de refúgio congoleses no Rio, segundo estimativas de lideranças locais.

              A grande maioria vive em favelas, tendo fugido dos perigos e dificuldades de seu país para enfrentar uma rotina de violência e tiroteios no Rio. Estão concentrados em Brás de Pina, na zona norte, sobretudo na favela Cinco Bocas; em Barros Filho, também na zona norte; e em Duque de Caxias e no Jardim Gramacho, na Baixada Fluminense.

              As histórias de Ali, Chadrac e muitos outros são de dor, sacrifício, famílias separadas, viagens arriscadas – e muitas vezes de decepção com o país no qual vieram buscar uma vida melhor.

              Em meio à crise econômica e aos altos índices de desemprego no Brasil, Ali tem passado os últimos meses em busca de emprego, e já pensa em desistir.

              “Estou procurando há muito tempo. Já estou cansado de procurar. A gente está sofrendo mesmo”, diz o jovem de 24 anos, que já trabalhou como ajudante de eletricista, pintor, pedreiro e sonha em poder estudar para ser técnico ou engenheiro elétrico.

              “O Brasil é muito bom, mas não estamos conseguindo uma oportunidade para sermos felizes aqui”, afirma.

              Êxodo de países em guerra

              De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), os congoleses são o segundo maior grupo a ter a solicitação de refúgio acolhida pelo governo brasileiro depois da Síria, com 953 pedidos reconhecidos entre 2007 e 2017, o equivalente a 13% dos refúgios acatados no período.

              Congoleses preparam comidas típicas em seu país, como o fufu, um fubá preparado com ervas e carne (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              Os congoleses chegam fugindo de uma guerra que gera massacres, mortes a machadadas, estupros, tráfico humano, doenças e desnutrição. O presidente Joseph Kabila, no poder desde 2001, se recusa a sair apesar de seu mandato ter expirado no fim de 2016.

              De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a crise humanitária no país vem se agravando, com quase cinco milhões de pessoas deslocadas internamente em razão do conflito – e quase 700 mil tendo fugido do país.

              A maioria fugiu para nações vizinhas como Uganda e Burundi, na maioria das vezes se submetendo a travessias arriscadas. Outros foram para a vizinha Angola, como o jogador de futebol Luta Espoir-Babou. Com medo de ter que voltar para a RDC, ele decidiu fugir para o Brasil.

              Ao lado de sua esposa, grávida, Luta passou mais de um mês escondido no convés de um navio de contêineres para chegar ao Rio com as roupas do corpo e sem dinheiro. O filho nasceu meses depois, mas morreu com 10 meses, em janeiro do ano passado, em meio aos festejos do Réveillon. “Eu passei a festa com tristeza”, diz Luta, que fugiu de seu país em 2008, primeiro para a Angola em 2016 para Brasil, com medo de ser enviado de volta para a RDC.

              ‘O Brasil é muito bom, mas não estamos conseguindo uma oportunidade para sermos felizes aqui’, diz congolês (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              Ele vive na favela Cinco Bocas, em Brás de Pina. A comunidade é dominada por uma facção e tem tiroteios constantes por causa de incursões de outro grupo criminoso que tenta se estabelecer no local. Para Luta, a violência parece maior e mais constante do que no Congo, a guerra fazendo parte da rotina.

              Migrantes enfrentam violência e racismo

              Cerca de 50 famílias de congoleses moram em Cinco Bocas e costumam se reunir nos fins de semana nos cultos de uma igreja evangélica fundada por um pastor do país. Muitos já deixaram o Brasil, seguindo na peregrinação em busca de oportunidade. Uma parte foi buscar refúgio na França.

              Refugiados trazem para o Brasil os trajes africanos de estampas marcantes e cores fortes (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              “As pessoas sempre reclamam da violência. Mas o sofrimento é igual ao dos brasileiros que moram nesses locais”, conta Charly Kongo, congolês que chegou ao Rio dez anos atrás e hoje é uma das lideranças da comunidade na cidade.

              “Não é por vontade que vivem nesses lugares. Mas a maioria das famílias não ganha nem um salário mínimo e não tem outra opção.”

              Para Kongo, além de todas as dificuldades enfrentadas no Brasil por pessoas de diferentes nacionalidades que chegam buscando refúgio, os africanos sofrem mais por causa do racismo no país.

              Ele acredita que refugiados sírios ou de outros países com pele mais clara têm mais facilidade de conseguir empregos e de ter acesso a vagas que o grupo de congoleses têm dificuldade de alcançar, mesmo que tenha tido boa educação em casa.

              “Para a gente, as vagas reservadas são nas áreas de limpeza, construção civil, carregador”, diz Kongo. “Como acontece com a maioria dos negros no Brasil. Se aqui é difícil ver negros em postos altos, imagina para refugiados negros conseguirem um bom trabalho.”

              “As pessoas ficam decepcionadas, com certeza. A esperança que tinham vai pelo ralo. Mesmo assim, sentem que no final é melhor estar aqui do que no Congo. Sentem que pelo menos dá para viver”, afirma Kongo, que mora em Nova Iguaçu e dá aulas de francês no Abraço Cultural, um centro de idiomas onde os professores são refugiados.

              Sem futuro ‘na informalidade’

              Irmão de Ali, Chadrac Kembilu Nkusu tinha apenas 16 anos quando chegou ao Brasil. Aos 21, ele está vivendo de vender camisetas imitando marcas como Nike, Adidas e Calvin Klein do lado de fora da estação das barcas de Charitas, em Niterói, onde vive. Mas as vendas estão paradas, e a geladeira está vazia.

              “Sair com fome do Congo para passar fome aqui no Brasil… Que vergonha, né?”

              Congoleses aproveitam dias de sol para pasar o dia no piscinão de Ramos, praia artificial na zona norte do Rio (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              As dificuldades ao longo desses cinco anos foram tantas que Chadrac resolveu tentar a sorte em Paris, onde vivem outros familiares. Mas não passou do aeroporto de Lisboa. Passou cinco dias preso em uma cela na imigração. Acredita que foi barrado por racismo, já que tinha os vistos necessários para entrar na Europa. Foi enviado de volta ao Brasil.

              Com um jeito extrovertido e disposto, Chadrac diz ser “muito inteligente” e ter tido uma boa educação em um colégio particular católico na RDC. “Eu fico me perguntando: eu vou passar a vida toda no Brasil vendendo (produtos no mercado) informal? Eu, que tenho tanto conhecimento? Por isso estou batalhando para entrar na universidade.”

              Cerca de 50 famílias de congoleses moram no bairro Cinco Bocas e costumam se reunir nos fins de semana nos cultos de uma igreja evangélica (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              O sonho dele é estudar Letras, para aprimorar o português (que fala bem) e ensinar o francês, que é a língua oficial de seu país. Está buscando uma vaga em um curso pré-vestibular universitário.

              “Acho que eu vou ser uma pessoa no futuro no Brasil. A pessoa que eu sou hoje, as qualidades que eu tenho, ninguém valoriza. Para valorizar a minha capacidade, eu tenho que estudar, me formar”, afirma.

              Chadrac usa um colar com um pingente de osso marcado com as iniciais RDC enviado pela mãe, que continua no país. Foi ela quem organizou a ajuda para que os filhos pudessem fugir em 2013, para tentar protegê-los.

              Muitos congoleses já deixaram o Brasil após se decepcionarem com a falta de oportunidades (FABIO TEIXEIRA/ BBC NEWS BRASIL)

              “Ela fez de tudo para ajudar a sair de lá”, conta Ali.

              Hoje, conseguir um visto para o Brasil no Congo está muito mais difícil, diz Chadrac. “Ela está lá e o clima não está bom. Está procurando como sair desse país miserável. Isso me estressa muito, fico desesperado”, diz Chadrac.

              “É por isso que tenho que conseguir algum futuro bom para mim no Brasil.”

              *Fabio Texeira é fotojornalista e documentarista e está acompanhando as trajetórias de congoleses no Rio para o documentário “Brasil, meu refúgio”.

               

              Tags: África e sua diásporacasos de racismocongolesesimigraçãoQuestão Racial
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              • Para fechar fevereiro, a coluna Nossas Histórias vem com a assinatura da historiadora Bethania Pereira, que nos convida a pensar sobre as camadas de negação da história do Haiti. Confira um trecho do artigo do artigo"O Pioneirismo haitiano nas lutas pela liberdade no Atlântico"."A partir de 1824, o presidente Jean-Pierre Boyer passou a oferecer terras e cidadania para os imigrantes exclusivamente negros, vindos dos Estados Unidos. Ao chegar no Haiti, as pessoas teriam acesso a um lote de terra, ferramentas e, após um ano, receberiam a cidadania haitiana. A fim de fazer seu projeto reconhecido, Boyer enviou Jonathas Granville como seu representante oficial para os Estados Unidos. Lá, Granville pode se reunir com afro-americanos de diferentes locais mas, aparentemente, foi na cidade de Baltimore, onde ele participou de reuniões na African Methodist Episcopal Church – Bethel [Igreja Metodista Episcopal Africana] e pode se encontrar com homens e mulheres negros e negras. Acesse o material na íntegra em: A Coluna Nossas Histórias é parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune #Haiti #Liberdade #Direitos #SéculoXIX #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
              • #Repost @naosomosalvo • • • • • • A @camaradeputados, o @senadofederal e o @supremotribunalfederal precisam frear a política armamentista da Presidência da República, que coloca em risco nossa segurança e nossa democracia. 72% da população brasileira é contrária à proposta do governo de que é preciso armar a população: precisamos unir nossas forças e vozes contra esses retrocessos! Pressione agora: www.naosomosalvo.com.br As armas que a gente precisa são as que não matam.
              • No próximo sábado, dia 27 de fevereiro, às 17h, as Promotoras Legais Populares- PLPs, realizam uma live para falar sobre ações e desafios durante a pandemia, no canal do YouTube de Geledés Instituto da Mulher Negra.
              • Abdias Nascimento, por Sueli Carneiro “Sempre que penso em Abdias Nascimento o sentimento que me toma é de gratidão aos nossos deuses por sua longa vida e extraordinária história fonte de inspiração de todas as nossas lutas e emblema de nossa força e dignidade. A história política e a reflexão de Abdias Nascimento se inserem no patrimônio político-cultural pan-africanista, repleto de contribuições para a compreensão e superação dos fatores que vêm historicamente subjugando os povos africanos e sua diáspora. Abdias Nascimento é a grande expressão brasileira dessa tradição, que inclui líderes e pensadores da estatura de Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Franz Fannon, Cheikh Anta Diop, Léopold Sedar Senghor, Patrice Lumumba, Kwame Nkruman, Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Steve Biko, Angela Davis, Martin Luther King, Malcom X, entre muitos outros. A atualidade e a justeza das análises e das posições defendidas por Abdias Nascimento ao longo de sua vida se manifestam contemporaneamente entre outros exemplo, nos resultados da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, ocorrida em setembro de 2001, em Durban, África do Sul, que parecem inspiradas em seu livro O Genocídio do Negro Brasileiro (1978) e em suas incontáveis proposições parlamentares.Aprendemos com ele tudo de essencial que há por saber sobre a questão racial no Brasil: a identificar o genocídio do negro, as manhas dos poderes para impedir a escuta de vozes insurgentes; a nos ver como pertencentes a uma comunidade de destino, produtores e herdeiros de um patrimônio cultural construído nos embates da diáspora negra com a supremacia branca em toda parte. Qualquer tema que esteja na agenda nacional sobre a problemática racial no presente já esteve em sua agenda política há décadas atrás, nada lhe escapou. Mas sobretudo o que devemos a ele é a conquista de um pensar negro: uma perspectiva política afrocentrada para o desvelamento e enfrentamento dos desafios para a efetivação de uma cidadania afrodescendente no Brasil, o seu mais generoso legado à nossa luta.” 📷Romulo Arruda
              • #Repost @brazilfound • • • • • • InstaLive Junte-se a nós para uma conversa com Januário Garcia, ícone da história do movimento negro no Brasil, enquanto celebramos o mês da história negra (Black History Month).⁠ ⁠ 📆: Terça-feira, 23 de fevereiro ⁠ ⏱: 18 hs horário de Brasília⁠ 📍: Instagram da BrazilFoundation (@brazilfound)⁠ ⁠ Fotógrafo brasileiro, Januário Garcia há mais de 40 anos vem documentando os aspectos social, político, cultural e econômico das populações negras do Brasil. Formado em Comunicação Visual, passou por prestigiados jornais e grandes agências de publicidade do Rio de Janeiro e é autor das fotos de álbuns icônicos de artistas consagrados. ⁠ ⁠ Januário participa de importantes espaços de memória, arte e cultura do povo negro; é co-fundador do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras, é membro do Conselho Memorial Zumbi e, atualmente, Presidente do Instituto Januário Garcia, um Centro de Memória Contemporâneo de Matrizes Africanas.⁠ ⁠ *⁠ #BrazilFoundation #mêsdahistórianegra #blackhistorymonth #januáriogarcia #brasil @januariogarciaoficial
              • Hoje é o dia nacional de luta por um auxílio emergêncial de 600 reais até o fim da pandemia! Fortaleça em todas as redes: #AuxilioEmergencial600reais #AteOFimDaPandemia #VacinaParaTodesPeloSUS Acompanhe os atos: https://coalizaonegrapordireitos.org.br/ato-nacional-pelo-auxilio-emergencial/
              • "As estratégias de liberdade desempenhadas pelos escravizados tiveram muitas dinâmicas. Em algumas oportunidades, era a carta de alforria o recurso daqueles que buscavam conquistar a saída da escravidão." Leia o artigo do historiador Igor Fernandes de Alencar, para a coluna
              • "Os ares colonizatórios destroem nossos pulmões. A população negra no mundo vem sendo asfixiada desde o processo de escravidão que mortificou as almas e os corpos do povo negro para dar “vida” a um novo modo de existência que podem ser compreendidos como mutações coloniais." Leia o Guest Post de Francélio Ângelo de Oliveira em www.geledes.org.br
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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