Mobilização ocorre após caso de adolescente de 14 anos assassinada; governo registra morte de uma mulher a cada 30 horas vítima de violência masculina
no Opera Mundi
Milhares de pessoas saíram às ruas na Argentina nesta quarta-feira (03/06) para protestar contra o feminicídio. As manifestações que tomaram as principais cidades do país aconteceram após a morte da adolescente Chiara Paez, 14 anos, assassinada e enterrada em um quintal pelo namorado. Segundo informações oficiais do governo argentino, uma mulher morre a cada 30 horas vítima de um ato de violência praticado por um homem no país.
No Twitter, a presidente CristinaKirchner saudou a multidão nas ruas e afirmou que as agressões, estupros e mortes de mulheres são consequência de “uma cultura devastadora contra as mulheres” e de transformação das mulheres em objeto. Kirchner também advertiu para o que considera “uma cultura devastadora do feminino, qualquer que seja o seu lugar”.
Além da violência contra mulheres, a presidente argentina falou sobre o que considera “outras formas de ataque às mulheres”, como “cantadas grosseiras e baixas” e os programas de televisão que mostram “a mulher coisificada” em prol da audiência.
“A mulher transformada em objeto: e se, então, é apenas uma coisa, sempre haverá alguém que pensa que pode quebrá-la se não a tiver”, disse.
Outras personalidades argentinas também se juntaram aos apelos de Cristina. “Chega de feminicídios. Hoje, todos os argentinos nos unimos para gritar bem alto, #NiUnaMenos”, postou o capitão da seleção argentina e craque do Barcelona, Lionel Messi.
O cartunista argentino Liniers, famoso pelas tirinhas, também aderiu a campanha. O quadrinista produziu uma charge especial para convocar as pessoas ao ato: “Nem uma a menos”, foi a palavra de ordem escolhida por ele e repetida por muitos durante a marcha.
PLP 2.0 – Aplicativo para coibir a violência contra a mulher