78 países pedem rápida implementação da declaração anti-racismo da ONU

FONTEDo Portuguese People
Logo da ONU em sede de Nova York (Foto: Lucas Jackson)

Setenta e oito países, incluindo a China, solicitaram na quinta-feira a aceleração da implementação da Declaração e Programa de Ação de Durban (DDPA) e o fim da discriminação, racismo e xenofobia.

Os países expressaram profundo alarme com a discriminação racial, preconceito social, brutalidade policial e desigualdade social em uma declaração conjunta.

Observando que este ano marca o 20º aniversário do DDPA, a declaração reafirmou que “a luta global contra o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada e todas as suas formas e manifestações abomináveis ​​e em evolução devem permanecer uma questão de prioridade para a comunidade internacional”.

“É hora de todos os estados e todas as partes interessadas aproveitarem a oportunidade para tomar medidas concretas para acelerar o impulso para a implementação do DDPA e combater todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada”, afirmou o documento.

Enfatizando que todos os seres humanos nascem livres, iguais em dignidade e direitos e têm o potencial de contribuir construtivamente para suas sociedades, a declaração afirmou: “Qualquer doutrina de superioridade racial é cientificamente falsa, moralmente condenável, socialmente injusta e perigosa, e deve ser rejeitada”.

No entanto, o flagelo do racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada ainda persiste em todo o mundo e inúmeros seres humanos continuam sendo vítimas deste flagelo devido às lacunas persistentes na implementação do DDPA, afirmou.

“Africanos e pessoas de ascendência africana, asiáticos e pessoas de ascendência asiática e povos indígenas há muito sofrem de racismo sistêmico, discriminação racial e crimes de ódio”, segundo o comunicado.

Durante a pandemia de COVID-19, “falta de informação, desinformação, discurso de ódio e comentários racistas feitos por figuras políticas e públicas levaram a uma onda de discriminação e crimes de ódio contra africanos e pessoas de ascendência africana e asiáticos e pessoas de ascendência asiática, especialmente mulheres, crianças e idosos”, observou.

“É hora de todos fazerem uma mudança real e transformadora. Não podemos permitir que nossas futuras gerações continuem sofrendo com a brutalidade do racismo e da discriminação racial”, afirmou o comunicado.


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