A nomeação de Cecile Kyenge como a primeira ministra negra da Itália – o que seria um símbolo da integração racial no país – levou um duro golpe quando o eurodeputado Mario Borghezio ridicularizou o que descrevia como o novo “governo bonga bonga”- uma referência ao “bunga bunga”, como ficaram conhecidas as orgias promovidas pelo ex-premier Berlusconi quando estava no poder. Em uma entrevista à Radio 24, Borghezio afirmou que Cecile tentaria “impor as tradições tribais” do Congo à Itália com seu projeto que dá cidadania imediata aos filhos de imigrantes que nasçam no país, que hoje têm de esperar até completar 18 anos para requerer a cidadania. A repulsa gerada pelas declarações fez com que o governo autorizasse, nesta quarta-feira, a abertura de uma investigação de páginas fascistas na internet, cujos membros chamaram Cecile de “macaca congolesa”.