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Brasil investe em saúde a níveis africanos

Gastos do governo com saúde aumentaram nos últimos anos, mas país ainda destina ao setor menos do que a média mundial

Um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que, embora os gastos do governo brasileiro com saúde tenham aumentado, o país ainda destina ao setor menos do que a média mundial. A proporção de leitos no Brasil chega a ser comparável a níveis de vários países da África.

O país conta em média com 26 leitos para cada 10 mil pessoas, abaixo da média mundial, que é de 30 leitos para cada 10 mil habitantes. A disponibilidade na Europa é três vezes maior do que no Brasil.

Não faltam médicos

Ainda de acordo com a OMS, não faltam médicos no Brasil. A proporção é de 17,6 médicos para cada 10 mil habitantes, acima da média mundial de 14 para cada 10 mil. Esse número, no entanto, ainda é metade da proporção registrada na Europa. Na África, são apenas dois médicos para cada 10 mil pessoas.

O Brasil é um dos 30 países — de um total de 193 — onde a população precisa arcar com mais de 50% dos gastos com saúde. A média mundial é de 40%.

Gasto por habitante

Em 2000, o governo destinava 4,1% de seu orçamento para a saúde. Em 2010, essa proporção aumentou para 5,9%, mas ainda está muito abaixo da média mundial, que é de 14,3%, e inferior até mesmo à média africana.

O governo brasileiro triplicou o gasto com saúde por habitante em uma década: de uma média de US$ 107 por ano, em 2000, para US$ 320 por ano, em 2009. O valor, entretanto, é bem inferior à média mundial de US$ 549 por ano. O Brasil chega a gastar dez vezes menos com cada cidadão do que a média europeia. Em Luxemburgo, por exemplo, gasta-se quase 25 vezes o valor no Brasil.

 

 

Fonte: Opinião e Notícia

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