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Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) é divulgado a cada três anos pela OCDE. Entenda o que é a prova e para que servem os dados.
No G1
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulga, a cada três anos, os resultados da prova do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). Ele é realizadodesde 2000 – o Brasil é um dos países que participaram de todas as edições do programa (veja mais no vídeo acima).
O Pisa tem o objetivo de ser um exame que qualquer estudante do mundo pode fazer. Ele não foca apenas em saber ou não se um estudante aprendeu um conteúdo na escola, mas também tenta ver se o jovem consegue aplicar esse conhecimento na vida real. Por isso, é possível comparar os níveis de aprendizagem de estudantes de países diferentes e entender o que os sistemas de ensino podem fazer para melhorar seu desempenho.
Como é feito o Pisa?
Leitura, matemática e ciências
A prova tem três disciplinas principais: leitura, matemática e ciências. A cada edição, uma delas recebe um foco maior. Em 2018, o foco é na leitura, e a prova foi aplicada para cerca de 600 mil estudantes de 15 anos de 79 países ou regiões diferentes.
Mas ela é amostral. Isso quer dizer que esse grupo de estudantes foi escolhido para que o resultado médio pudesse ser representativo de todo aquele país ou região. No total, o desempenho de cada país representa 32 milhões de jovens de 15 anos em todo o mundo.
No Brasil, quem coordena a aplicação do Pisa é o Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Em 2015, o Pisa contou com a participação de 23 mil estudantes de 841 escolas de todo o país. Foi a primeira vez que a prova foi aplicada no Brasil inteiramente pelo computador, e não mais no papel.
Em 2018, a prova foi feita para 10.691 alunos de 638 escolas. Foram 2.036.861 de estudantes, o que representa 65% da população brasileira que tinha 15 anos na data do exame.
Os resultados brasileiros, porém, ainda são pouco animadores. Na mais recente edição, os resultados mostraram que, em 2018, o Brasil caiu no ranking mundial de educação em matemática e ciências; e ficou estagnado em leitura. Dois terços dos brasileiros de 15 anos sabem menos que o básico de matemática.