Protesto no Jacarezinho após operação policial que deixou 28 mortos (Foto: REUTERS - RICARDO MORAES)
Um ano depois da operação com 28 mortes no Jacarezinho, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, 10 das 13 investigações do Ministério Público foram arquivadas e 1 segue em andamento.
Os inquéritos arquivados são relacionados a 24 das mortes – mais de 82% do total. Segundo o coordenador da força-tarefa, André Luís Cardoso, no entanto, o MP pode pedir o desarquivamento em até 20 anos caso surjam novas informações que possam reabrir as investigações de cada caso.
Duas denúncias foram aceitas pela Justiça.
Os traficantes Adriano de Souza de Freitas, o Chico Bento, e Felipe Ferreira Manoel, conhecido como Fred, foram denunciados pelo homicídio duplamente qualificado do policial civil André Leonardo de Mello Frias. Eles foram responsabilizados por serem chefes do tráfico no Jacarezinho.
O traficante identificado como autor do tiro que matou o policial morreu em uma troca de tiros com a Core. Segundo a polícia, João Carlos Sordeiro Lourenço, de 23 anos, era conhecido como Jota e subiu na hierarquia da quadrilha depois de ter assassinado André Frias.
Dois policiais também são réus na Justiça pela morte de Omar Pereira da Silva, de 21 anos, baleado no Beco da Síria. Douglas Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira Pereira, ambos da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), têm audiência marcada para 29 de junho.
O Ministério Público ainda espera o resultado de uma perícia e o depoimento de uma testemunha para decidir se vai arquivar o caso ou denunciar outros dois agentes pelas mortes de Isaac Pinheiro de Oliveira e Richard Gabriel da Silva Ferreira.
A Força-Tarefa criada pelo Ministério Público para investigar possíveis excessos na ação policial na Zona Norte do Rio foi desmobilizada no final de março.
Entre os motivos citados pelo Ministério Público para os dez arquivamentos estão:
As investigações que foram arquivadas pela Força-Tarefa do Jacarezinho são sobre as seguintes mortes: