FILE - In this March 29, 2010 file photo, Saudi women visit the Saudi Travel and Tourism Investment Market (STTIM) fair in Riyadh, Saudi Arabia. Saudi King Abdullah has given the kingdom's women the right to vote for first time in nationwide local elections, due in 2015. The king said in an annual speech on Sunday, Sept. 25, 2011 before his advisory assembly, or Shura Council, that Saudi women will be able to run and cast ballots in the 2015 municipal elections. (AP Photo/Hassan Ammar, File)
As mulheres na Arábia Saudita começaram, nesta semana, o processo de registro eleitoral para votarem nas eleições municipais. Segundo a Rede AlJazeera, é a primeira vez que elas poderão participar – como eleitoras e candidatas – do processo eleitoral no reino.
Do Brasil Post
O pleito está marcado para o dia 12 de dezembro. De acordo com a rede Al Arabiya, 424 entre os 1.263 centros de votação serão dedicados exclusivamente às mulheres.
Segundo o The Independent, o reino descreveu o fato como um “marco significativo no progresso rumo a uma sociedade baseada na participação“.
De acordo com a Saudi Gazette, Jamal Al-Saadi e Safinaz Abu Al-Shamat foram as primeiras mulheres a se registrarem. O prazo para o processo é de 21 dias, e o cadastramento começou mais cedo em Meca e em Medina, onde os índices de comparecimento para registro estavam baixos, segundo autoridades.
Segundo o Arab News, cerca de 70 mulheres afirmaram que pretendem concorrer aos cargos, e 80 pretendem atuar nas campanhas .
O fato é a concretização de uma promessa “antiga” do rei Abdullah bin Abdulaziz Al Saud. Ele havia prometido, em setembro de 2011, incluir as mulheres no processo eleitoral. Inicialmente, a ideia era permitir que mulheres a partir de 21 anos votassem e concorressem aos cargos. A idade mínima foi rebaixada para 18 anos.
“Nós nos recusamos a marginalizar as mulheres na sociedade em todos os papeis compatíveis com a Shariah”, afirmou o rei, na ocasião.
As mulheres na Arábia Saudita não têm permissão para viajar, trabalhar, estudar ou se casarem sem a permissão de um “guardião” do sexo masculino. Elas também seguem proibidas de dirigir.