O presidente da Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra, Humberto Adami, propôs que a Comissão paulista procure realizar audiências públicas na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal de São Paulo, e encaminhe ao governador Geraldo Alckmim pedido para facilitar o acesso aos pesquisadores da Comissão aos arquivos públicos.
A posse contou com a presença de diversos representantes dos movimentos negros e também com o atleta Angelo Assunção, vítima de preconceito racial durante os treinos, em Portugal, para os jogos Pan Americanos realizados neste ano em Toronto, Canadá. Assunção foi vítima de três atletas brancos da seleção brasileira de ginástica que publicaram vídeo na internet com injúrias raciais contra ele. A Confederação Brasileira de Ginástica está apurando o caso.
O jovem atleta Angelo Assunção, com seus 19 anos, não esperava ser chamado pelo presidente da mesa para participar da solenidade. Agradeceu ao convite e ficou grato pelo reconhecimento: “Poder estar entre pessoas que lutam pelo mesmo ideal é maravilhoso”. Sobre o racismo sofrido, Angelo disse que seu grande objetivo é continuar treinando e dar orgulho ao Brasil: “Deixo nas mãos dos órgãos competentes essas questões”, disse o jovem atleta.
Compuseram a mesa: Carmem Dora de Freitas Ferreira, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB SP; Eunice Aparecida de J. Prudente, conselheira Secional da OAB SP; Frei Davi; Milena Pereira Ramos, juíza do TRT-2ª; Marco Antonio Zito Alvarenga, advogado; Magali Dias Assunção e José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares.