E o ‘piti’ ontem da governadora Roseana Sarney em cima das ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos), Luiza Bairros (Igualdade Racial), Márcia Quadrado (Desenvolvimento Agrário) e o presidente nacional do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, durante reunião no Palácio dos Leões? Ora, quanta infantilidade, só por que as ministras chegaram ao Maranhão e foram direto para um encontro com quilombolas no Incra,
Visita para os quilombolas
Só para lembrar, a visita das ministras tinha como objetivo tentar minimizar os conflitos entre posseiros e quilombolas no Maranhão. Não se tratava de nenhuma visita a governadora. Então, nada mais sensato do que primeiro ir a sede do Incra, onde os quilombolas estavam acampados. Ou seja, se a finalidade da missão era mediar um encaminhamento, óbvio que tinha que começar vendo in loco o problema.
Sinhazinha
Pensando que governa uma capitania hereditária, a sinhazinha, que parece ter baixado o espírito de Ana Jansen e numa atitude transloucada em função das ministras não terem, primeiro, vindo tomar-lhe a bênção, acabou tendo uma crise de histeria no Palácio, semelhante a que ocorreu na Casa Mal Assombrada logo depois do resultado das eleições de 2006 quando, derrotada por Jackson Lago, pratos e louças foram atirados para todos os lados.
Sem governo
Pior foram os argumentos utilizados por Roseana para tentar desqualificar as ministras. Patéticos. “Aqui tem governadora, tem comando e eu exijo respeito”, disse. Ah é, desde quando? Antes fosse verdade. Ao que se sabe, há mais de 2 anos o Estado não tem governo. Na realidade, até agora de fato a governadora não começou a governar, faz o pior governo da vida dos maranhenses. Bem, queria ver mesmo era se, em vez das ministras, fosse a presidenta Dilma que tivesse “contrariado a agenda previamente acertada com o Governo do Estado”. Roseana, “a filha de José Sarney e Dona Marly”, teria essa valentia toda com Dilma?
Fonte: Marrapa