UBUNTU: Estudante baiana cria rede social colaborativa

Em tempos de redes sociais e grandes discussões em torno de políticas públicas e direitos, o coletivo Desabafo Social cria a Ubuntu, rede social colaborativa que tem foco em participação e protagonismo social.

Por Brenda Gomes, do A Tarde 

Criada no dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro de 2015, a Ubuntu busca ampliar as discussões sobre temas relacionados aos direitos humanos através de espaços colaborativos, com pessoas, lugares e experiências diferentes, permitindo que elas ‘ocupem’ e/ou criem espaços, afim de promover ações coletivas.O próprio nome da rede social atrai o público para essa temática, já que “ubuntu” é uma expressão da língua zulo que traduzida para o português significa “eu sou porque nós somos”.

Apesar das variadas redes sociais existentes, Monique Evelle (21) fundadora do Desabafo Social, afirma que a Ubuntu, além das temáticas sociais, tem como compromisso garantir a privacidade e liberdade de expressão. “As redes mais conhecidas são literalmente controladas por poucos grupos  e não asseguram  a liberdade de pensamento e privacidade dos usuários. Além da venda dos dados dos assinantes para empresas. A Ubuntu é uma rede social  livre, para pessoas livres”, afirma.

A estudante em Humanidades com enfase em Políticas e Gestão Cultural, pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, ainda aponta a preocupação de fazer com que a rede chegue até crianças/jovens em fase escolar. “A Ubuntu tem se tornado um verdadeiro ‘quilombo digital’. Lá é possível encontrar desde as temáticas sociais até análises sobre a história e cultura afro-brasileira, biologia e assuntos que estão atrelados aos conteúdos curriculares das escolas”, pontua Monique.

O cadastro na Ubuntu é gratuito e pode ser feito através do ubuntu.desabafosocial.com.br .

MELHORIAS

Com mais de mil e quinhentos usuários, em sua maioria negros e mulheres, a Ubuntu tem como meta a criação de um aplicativo até março, deste ano. “Acreditamos que com o aplicativo chegaremos em mais usuários e facilitaremos, ainda mais, a utilização da rede.”

Outra intensão do coletivo é encontrar parcerias para a manutenção da rede.

você sabe o que é Ubuntu?

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