As decisões foram anunciadas na última quinta-feira (6), após uma reunião do reitor com representantes de entidades ligadas ao Movimento Negro com atuação na universidade. Knobel afirmou que a pauta apresentada pelos coletivos é comum aos interesses da instituição.
“Não vejo nenhum ponto na pauta apresentada por vocês que nos distancie. Ao contrário, comungamos da mesma posição. Nossos objetivos são comuns e espero que possamos construir conjuntamente as condições necessárias para tornarmos o respeito à diversidade um valor para a Unicamp”, afirmou.
PEDIDOS
Os representantes dos movimentos negros fizeram três pedidos. Além da criação do GT, eles querem que a Unicamp retifique o Boletim de Ocorrência registrado após as pichações. No documento, o ato foi classificado como “vandalismo”, mas os coletivos entendem que o que ocorreu foi uma clara manifestação de racismo.
Também foi solicitado que a universidade abra um processo administrativo contra o ex-aluno suspeito de ter feito as pichações nazistas nas dependências das unidades e órgãos – ele já responde inquérito policial.
O objetivo, segundo os representantes dos coletivos, é que, caso ele seja responsabilizado pelo crime, que a informação seja anexada ao seu Registro Acadêmico (RA). Tal procedimento seria especialmente importante, alegaram, no caso de essa pessoa voltar a ingressar na instituição, via vestibular.
Marcelo Knobel informou que pedirá para que a PG (Procuradoria Geral) verifique a possibilidade da retificação do BO junto à Polícia Civil. Sobre a abertura de processo administrativo contra o ex-aluno suspeito de praticar manifestações nazistas, o reitor prometeu consultar a PG a respeito dessa possibilidade.