Segundo Gaynor, sua mãe ficou “chocada, furiosa, não conseguia acreditar”.
A polícia de Cambridgeshire está investigando o caso e trabalhando “próximo à comunidade afetada”.
O superintendente Martin Brunning disse que “produzir e distribuir este ou outro material similar é cometer o crime de incitar ódio racial, que é punido com pena máxima de sete anos de prisão”.
“Todos os relatos de crime de ódio no país serão plenamente investigados”.
Em Londres, a polícia investiga uma pichação em um prédio da associação polonesa de Hammersmith.
O embaixador da Polônia no Reino Unido, Witold Sobkow, disse estar “chocado e profundamente preocupado com os recentes incidentes de xenofobia dirigidos contra a comunidade polonesa e outros residentes de origem estrangeira”.
O premiê David Cameron condenou os “execráveis” incidentes de crime de ódio no país. Falando perante o Parlamento, ele disse que houve casos de “abuso verbal” dirigido a minorias étnicas nas ruas, e disse que ataques do tipo têm de ser erradicados.
“Temos a responsabilidade fundamental de reunir nosso país” após o plebiscito, disse Cameron. “E não vamos aceitar crimes de ódio e ataques do tipo.”
Sinais preocupantes
Quando a internauta Sarah Childs viu publicações abusivas no Twitter, decidiu colocar o tema em evidência.
“Eu esperava que isso acontecesse porque havia muitas coisas ruins dos dois lados da campanha pelo referendo”, disse ela.
Childs é branca e britânica. Ela formou um grupo na internet com amigos descendentes de indianos e de paquistaneses. Uma página que eles criaram no último domingo – a Worrying Signs (Sinais Preocupantes) – já reúne mais de 10,5 mil membros.
“Queríamos criar um espaço para as pessoas que se sentiam inseguras”, explica Sarah. O grupo compila diversos casos e publicações com conteúdo intolerante na rede.
“Acho que é fácil para as pessoas repudiar incidentes isolados de abuso, mas é mais difícil ignorar se as experiências são reunidas em um só local”, disse.