Por: FÁBIO TAKAHASHI
Local, que vai abordar segmentos como imigrantes e pobres, terá espaço para exposições, biblioteca e auditório
Custo não está definido, mas deve ficar em cerca de R$ 75 milhões; previsão é inaugurar a obra em até três anos
para exposições, biblioteca, auditórios e salas de estudo. A USP apresenta hoje o projeto de um museu para se discutir a tolerância- abordando segmentos, como pobres e imigrantes.
O Laboratório de Estudos sobre a Intolerância, da universidade, pretende inaugurar a obra em até três anos. Para isso, pretende buscar verbas na iniciativa privada.
Os custos ainda não estão definidos, mas deverão ficar em torno de R$ 75 milhões.
“É algo grande. Esperamos 5.000 pessoas por dia”, afirma a diretora executiva do laboratório, Zilda Iokoi.
O principal público do Museu da Tolerância serão estudantes de escolas públicas (entrada gratuita). Mas também receberá pesquisadores e a população em geral.
Nos espaços estarão expostos materiais produzidos pelo laboratório, como documentários e jogos interativos. Também haverá peças vindas de museus similares de outros países. Tudo para debater a tolerância.
“Temos uma enorme intolerância contra pobreza, moradores de rua, movimentos sociais”, diz Zilda.
“Também há movimentos discricionários contra homossexuais, negros, nordestinos, judeus e imigrantes. Vivemos um momento difícil da história”, completa.
ARQUITETURA
O projeto arquitetônico do prédio “é repleto de simbologias”, diz José Alves, um dos sócios do escritório Frentes, que venceu concurso para o museu.
Haverá amplos vãos, “que representam a liberdade”, afirma o arquiteto.
O prédio deverá ficar em um dos pontos mais altos da Cidade Universitária, com vista para a avenida Corifeu de Azevedo Marques.
A escolha do local foi um dos principais entraves para o desenvolvimento do projeto, que começou há cerca de quatro anos.
A apresentação do museu será feita hoje, às 19h, no prédio da reitoria.
Fonte: Folha de S.Paulo