Luto: movimento negro perde Oraida Abreu

 

Goiânia – Faleceu na tarde desta terça-feira (14/01) em Goiânia, vítima de câncer, a psicóloga e militante do movimento negro, Oraida Abreu, ex-dirigente da Fundação Palmares e da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), da Presidência da República.

Oraida descobriu que tinha a doença há um ano e vinha fazendo quimioterapia. Ela estava internada desde domingo num Hospital de Goiânia. A família não informou onde será velada e onde será o enterro, está esperando os filhos chegarem dos Estados Unidos, para decidirem, o corpo ainda está no Hospital a espera dos filhos. Amigos e militantes do movimento negro nacional manifestaram pesar pela morte de Oraida.

A morte de Oraida provocou manifestações de pesar por todo o país. Denise de Paula Pacheco, de Belo Horizonte, escreveu na sua rede social. “Aos meus amigos e amigas que trabalhamos juntos em Brasília e dos demais estados que tivemos a oportunidade de conviver com a nossa querida Oraida Abreu que se encontrava doente, e hoje a tarde ela fez sua passagem para Orun. Oraida querida, obrigada pela oportunidade de conviver e trabalhar com você, sua solidariedade e companheirismo”, afirmou.

Makota Celinha Gonçalves Souza, também de Minas Gerais, expressou sua dor desta forma: “Fiquei sem palavras. Oraida sempre foi muito parceira, sensível, gentil e calorosa quesitos que tanta falta faz no nosso meio. Vai em paz, Oraida. Que sua estrela continue a brilhar em outras dimensões”, afirmou. Silvana Veríssimo, de S. Paulo, lamentou a perda da amiga. “Muito triste, triste mesmo. Pessoa maravilhosa era Oraida”, afirmou.

Quem foi

A última função de Oraida na Fundação Cultural Palmares foi a chefia da Coordenação de Disseminação de Informações do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC). Durante seis anos ela exerceu funções técnicas e de direção na SEPPIR. A ativista tinha mestrado em Ciências Ambientais e de Saúde e defendeu a dissertação sob o título “Comunidade Quilombola Mesquita: Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial – Em busca da Equidade”.

Em seu estudo, ela observou que embora a comunidade Mesquita fique próxima de grandes centros urbanos, como Brasília e Goiânia, enfrentava os mesmos problemas que outras remanescentes de quilombos: dificuldade de acesso à políticas públicas.

 

 

Fonte: GRUPO DE MULHERES NEGRAS MALUNGA

+ sobre o tema

para lembrar

PF emite passaporte para aluna do Rio representar o Brasil na Dinamarca

Lorrayne Isidoro vai participar da Olimpíada Internacional de Neurociências. Adolescente...

Educação em tempo de paixões tristes

Críticas a Paulo Freire são fruto de obscurantismo Por Ricardo...

Universidade dos EUA oferece bolsa de estudos para ‘atletas’ de videogame

Num país como os Estados Unidos, onde estudar em...
spot_imgspot_img

Geledés participa do I Colóquio Iberoamericano sobre política e gestão educacional

O Colóquio constou da programação do XXXI Simpósio Brasileiro da ANPAE (Associação Nacional de Política e Administração da Educação), realizado na primeira semana de...

Aluna ganha prêmio ao investigar racismo na história dos dicionários

Os dicionários nem sempre são ferramentas imparciais e isentas, como imaginado. A estudante do 3º ano do ensino médio Franciele de Souza Meira, de...
-+=