As coisas que uma criança negra é ensinada a NÃO fazer e seus amigos brancos PODEM fazer. É triste!

O Brasil se diferencia dos Estados Unidos de diversas formas, mas tem algumas semelhanças. Infelizmente, o passado (e o presente?) racista é algo cravado na história dos dois países.

Por Willian Binder,  Do Awebic

Por isso o discurso emocionado do americano Clint Smith cabe muito bem para a realidade brasileira. Escritor, poeta e professor, Clint soube expressar com desenvoltura como é ser criado como uma criança negra.

Quando criança, todo mundo recebe conselhos que não entende muito bem…

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Foto: Ted

Clint começa seu discurso de 5 minutos contando que, certa noite, ele recebeu um conselho estranho de seu pai quando brincava com armas de água em um estacionamento escuro com seus amigos brancos.

Numa obra sincera, o poeta retrata a cena da reação furiosa e terrível de seu pai.

Clique no play e assista.

Se por algum motivo você não estiver convencido, aqui vai alguns números…

Um estudo da Universidade de Chicago descobriu que ter um “nome negro” significa receber 50% menos ligações para uma entrevista — com exatamente o mesmo currículo. A conclusão do estudo é que ter um nome particularmente branco é o equivalente a 8 anos a mais de experiência para um potencial funcionário.

Calma, tem mais. Pessoas negras tem maiores chances de serem paradas ou prendidas pela polícia.

Em Boston, negros correspondem a 63,3% das abordagens policiais enquanto representam apenas 24,4% da população. E a cereja do bolo: 97% das revistas não terminam em apreensão ou detenção.

De acordo com um artigo publicado no site Slate.com, “se você comparar a taxa de mortalidade de policiais com a taxa de mortalidade em diversas cidades americanas, você vai descobrir que é mais seguro ser um policial de Nova Iorque do que um homem negro em Baltimore ou St. Louis.

É possível imaginar um mundo onde negros não precisam ter esse tipo de conversa com seus filhos?

Clint acredita que a melhor forma de chegarmos nesse cenário é falando sobre o assunto. Deixar as pessoas saberem que preconceito é algo real e que precisa ser corrigido. Para juntos deixarmos o mundo um lugar melhor.

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