A cerimônia do Prêmio Empreendedor Social 2021 reconheceu na noite desta terça-feira (30) cinco iniciativas de destaque no enfrentamento da crise sanitária no país.
A segunda edição do concurso em resposta à Covid-19 teve 12 finalistas entre 317 inscritos. Fundos Filantrópicos contra Covid-19, Aceleradora dos Parças, Telemedicina SAS Brasil, Mãe e Muito+ e NoonApp – Renda e Inclusão Digital são vencedores do concurso neste ano.
Leonardo Letelier, 48, é o vencedor da categoria Emergência Sanitária. O fundador da Sitawi – Finanças do Bem e pioneiro no desenvolvimento de soluções financeiras de impacto social e de fomento a entidades do terceiro setor, liderou os Fundos Filantrópicos contra Covid-19.
Ao todo, foram 14 fundos viabilizados junto a parceiros, como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para movimentar R$ 175 milhões em prol dos profissionais da linha de frente da saúde e no combate ao coronavírus.
Na categoria Inclusão Social e Produtiva, Alan Almeida, 29, e Carla Cristina, 37, são os vencedores. Eles estiveram à frente da Aceleradora dos Parças, negócio social oferece que cursos de programação —blockchain, machine learning, desenvolvimento de games e aplicativos— em “linguagem da quebrada” a egressos da Fundação Casa e do Presídio Feminino do Carandiru, entre outros do sistema carcerário brasileiro, o terceiro maior do mundo.
Na pandemia, a startup selecionou mil jovens para treinamentos a distância, com acompanhamento técnico e pessoal para encaminhá-los ao mercado de TI, carente de mão de obra especializada, com salários competitivos.
Em Inovação para a Retomada, a médica Adriana Mallet, 40, é a premiada, com a iniciativa Telemedicina SAS Brasil. Com o objetivo de se tornar a “médica do Zap” e democratizar o acesso a saúde, ela levou a atendimento médico a populações vulneráveis em 320 cidades.
Mais de 40 mil pacientes foram beneficiados pelo projeto, que também instalou cabines autoesterelizáveis de teleatendimento nas comunidades, com sistema de desinfecção, aparelhos para aferir sinais vitais, prontuário eletrônico e impressora de receitas.
Já na categoria Soluções Comunitárias, a vencedora é Stella Maris Monteiro, 36, que liderou o projeto Mãe e Muito+ no Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro. Com a metodologia “Quadrilátero do Apoio”, pautada em terapia, assistência social, educação e integração social, ela ajudou mulheres chefes de família com mentorias e cursos ancorados a uma rede de equipamentos públicos de assistência social.
Tia Stellinha, como é conhecida a empreendedora social, é mãe de cinco filhos e impactou a vida de 750 mulheres e já está planejado que levará a metodologia a outras 6.000 chefes de família, por meio de parceiras com ONGs e com a rede Gerando Falcões.
Já na Escolha do Leitor, categoria que contempla o voto popular, os vencedores são Suzana, 51, e Reinaldo Pamponet, 49, que criaram o NoopApp – Renda e Inclusão Digital, plataforma digital colaborativa que conecta pessoas e marcas com clientes, redes de apoio, ativistas, profissionais e artistas.
No NoonApp, que já conta com 160 mil participantes, cada colab (desafio) proposto no aplicativo estimula ideias e solução de problemas e remunera os participantes com a Girassol, moeda própria equivalente a R$ 1, o que permite a usuários gerar renda.
Ao todo 317 projetos se inscreveram nesta segunda edição com foco no enfrentamento da pandemia da premiação realizada pela Folha em parceria com a Fundação Schwab.
O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Gerdau, Ambev, Sesi/Senai, Coca-Cola e Vedacit e parceria estratégica de Ashoka, ESPM, Fundação Dom Cabral, Pacto Global e UOL.
