Em 10 de junho de 1940, morreu o ativista jamaicano, Marcus Mosiah Garvey, líder de um dos maiores movimentos políticos negro da história.
Garvey era um nacionalista negro. Acreditava que a condição do negro não poderia ser resolvida sem a separação total da “raça” branca da negra. Era partidária e idealizador do movimento para os negros voltarem para África.
Apesar de sua teoria contraditória e confusa, de profunda influência religiosa, sua política influenciou uma série de ativistas negros na luta pela descolonização da África, contra as potências imperialistas europeias.
Sua participação na luta dos negros inciou com sua percepção, através de diversas viagens à trabalho, da péssima e miserável condição social dos negros na América Latina.
Tornou-se então ativista, publicando uma série de jornais e panfletos contra a exploração dos brancos, fazendo-o ser banido da Costa Rica, onde foi trabalhar como fiscal em plantações de banana na década de 1910.
Quando foi morar na Inglaterra, entrou em contato com as ideias pan-africanas, que pregavam a união do povo negro, e conheceu a obra de de Booker T. Washington, um dos principais teóricos e militantes do movimento negro da época.
Retornando à Jamaica, Garvey fundou a Associação Universal para o Progresso Negro (AUPN), organização de tipo nacionalista que pregava o desenvolvimento cultural, econômico e social dos negros, que deveriam ser governados por um governo deles mesmos. O lema “Um Deus! Uma aspiração! Um destino!” demonstra claramente o cunho religioso de sua ideologia.
Sua associação cresceu e atingiu milhares de filiais em mais de 40 países pelo mundo.
Entre 1918 e 1933, durante suas viagens pelos EUA, fundou em Harlem o semanário Negro World, que influenciou o movimento negro do país, sendo primordial no Renascimento do Harlem, que foi uma época de importante desenvolvimento da cultura negra norte-americana.
Morreu em 1940, após dois derrames, mas suas obras deixaram um legado importante para os líderes do movimento negro posterior, sendo a principal influência de Malcolm X e do próprio músico jamaicano Bob Marley.