Elas foram substituídas por homens após xingamentos e puxões, dizem organizadores
Do O Globo
Mulheres que promoviam uma campanha contra o preconceito e o assédio no carnaval tiveram que ser substituídas por homens após terem, elas mesmas, sofrido agressões físicas e verbais, segundo a Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio (CAARJ), responsável pela ação. De acordo com a entidade, enquanto as mulheres falavam sobre a campanha “Carnaval sem preconceito” e distribuíam material de divulgação em blocos de rua no Rio, ouviram obscenidades e xingamentos, além de sofrerem agressões físicas como apalpadas, puxões de cabelo, agarrões e até copos de água no rosto.
A campanha foi criada pela CAARJ para incentivar o respeito e o combate ao assédio sexual, o racismo e a violência contra mulheres e homossexuais durante o carnaval.
— Há quem entenda que o carnaval autoriza a pessoa a exibir, publicamente, a falta de respeito e de educação. O que aconteceu com as promotoras mostra, lamentavelmente, que até hoje esses comportamentos machistas não são reprimidos em casa, sendo muitas vezes até incentivados. Por isso, ainda em 2017, são importantes as campanhas como essa e de todas as outras entidades, por todo o país, que alertam para o preconceito e a ignorância — diz o presidente da CAARJ, Marcello Oliveira.
Carnaval sem Preconceito
A campanha Carnaval sem Preconceito foi lançada pela CAARJ na última semana. Ao longo dos dias de folia, a entidade vai percorrer diversos blocos para realizar ações de conscientização e entregar ventarolas com o mote da campanha. Até o fim da festa, os promotores vão percorrer blocos no Rio de Janeiro, Niterói, Barra do Piraí, Piraí, Nilópolis, Rio das Ostras, Mendes e Valença, levando as mensagens de respeito ao próximo e contra o assédio sexual e o racismo.
Carnaval sem Preconceito
A campanha Carnaval sem Preconceito foi lançada pela CAARJ na última semana. Ao longo dos dias de folia, a entidade vai percorrer diversos blocos para realizar ações de conscientização e entregar ventarolas com o mote da campanha. Até o fim da festa, os promotores vão percorrer blocos no Rio de Janeiro, Niterói, Barra do Piraí, Piraí, Nilópolis, Rio das Ostras, Mendes e Valença, levando as mensagens de respeito ao próximo e contra o assédio sexual e o racismo.