INSS corta benefício e mães de crianças com microcefalia protestam em Pernambuco

Há três meses que 22 mães de crianças com microcefalia em Pernambuco estão sem receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no valor de R$ 998, de acordo com a União de Mães de Anjos (UMA). Apoiadores da causa se uniram a 97 mulheres em um protesto contra essa suspensão realizado em frente ao prédio do órgão em Recife na manhã desta quinta-feira.

Por Louise Queiroga, Do Extra

Anderson Fetter / Agencia RBS

Segundo Germana Soares, presidente da UMA, o benefício mensal era a única renda de boa parte das famílias, sendo portanto fundamental para arcar não apenas com os custos das consultas, exames e terapias dos pequenos, mas também da própria despesa de casa.

— O benefício nos ajuda com tudo, porque é nossa única renda. Desde que as crianças nasceram a gente não consegue mais trabalhar. É uma dedicação extrema — explicou. — Devido à complexidade das crianças e das necessidades delas esse dinheiro é para absolutamente tudo. É o sustento da casa, pagando as contas de aluguel, água, luz e o sustento dos outros filhos. Esse dinheiro é a sobrevivência dessas mulheres, dessas mães.

A associação postou um vídeo da manifestação nas redes sociais, frisando que estão lutando para não perder seus direitos. Na publicação, a União de Mães de Anjos acrescentou a hashtag: #NenhumDireitoAMenos.

Por meio de nota, o Ministério da Cidadania informou que já está em contato com a União de Mães de Anjos e “aguarda o envio dos dados das beneficiárias do BPC para verificação de suas situações cadastrais”.

— O INSS não sabe justificar o por que da suspensão, disse que não há divergências financeiras nem irregularidades com os nossos cadastros. Só está no sistema a ordem de suspensão e aparentemente sem nenhum motivo — afirmou Germana.

 

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