Jack Warner, vice-presidente da Fifa, renuncia em meio a acusações de corrupção

Dirigente, que também é presidente da Concacaf, não será mais investigado

 

Jack Warner, vice-presidente da Fifa e presidente da Concacaf (Confederação da América do Norte, Central e Caribe) anunciou nesta segunda-feira (20) a sua renúncia, após ser acusado de corrupção. Como consequência, a entidade já retirou todas as investigações contra ele.

Warner e Mohammed bin Hammam, do Qatar, foram acusados de participar de um esquema de compra de votos na eleição para a sede da Copa do Mundo de 2022, vencida pelo Qatar. Os dois já haviam sido afastados de seus cargos pela Comissão de Ética da Fifa em maio.

Por meio de um comunicado, a entidade máxima do futebol anunciou a renúncia de Warner, ao mesmo tempo em que declarou que as investigações contra ele foram encerradas.

– Warner escolheu renunciar ele mesmo e todos os procedimentos contra ele iniciados pela Comissão de Ética foram encerrados e a presunção de inocência, mantida.

Austin Jack Warner, 68 anos, é um empresário de Trinidad e Tobago. Pouco conhecido pelo grande público fora da Concacaf, também era vice-presidente da Fifa e um de seus personagens mais influentes.

Warner foi afetado nos dias prévios à eleição de 1º de junho da Fifa pelas suspeitas de corrupção dentro da entidade. Bin Hammam, por sua vez, era candidato à presidência da Fifa, mas se retirou da disputa assim que seu nome ficou “sujo”.

Depois que foi punido no Comitê de Ética, Warner revelou um e-mail em que o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, acusa Bin Hamman de “querer comprar a Fifa assim como comprou a Copa do Mundo”, o que desencadeou novas suspeitas de corrupção.

Jack Warner: dirigente, empresário e político

A carreira política de Jack Warner no futebol começou em 1966, quando se tornou secretário da Associação Central de Futebol e, sete anos depois, assumiu como secretário da Federação de Futebol de Trinidad e Tobago. Ele logo ganhou importância nos bastidores do esporte quando foi indicado em 1983 para ser vice-presidente da Concacaf.

Em 1990, ele foi eleito presidente da entidade americana/caribenha, ao mesmo em que entrou no Comitê Executivo da Fifa. Habilidoso nas articulações políticas, Warner também se mostrou ágil nos negócios, com propriedades compradas na América Central e do Norte, incluindo uma milionária rede de hotéis.

Warner se tornou vice-presidente da Fifa em 1997, ao mesmo tempo em que manteve o posto de comandante da Concacaf. Como se não bastasse, o trinitino também aumentou a sua influência na política de seu país, ao ser eleito membro do parlamento em 2007 e, três anos depois, ser nomeado ministro do Trabalho e do Transporte.

 

Fonte: R7

+ sobre o tema

Fome extrema aumenta, e mundo fracassa em erradicar crise até 2030

Com 281,6 milhões de pessoas sobrevivendo em uma situação...

Presidente de Portugal diz que país tem que ‘pagar custos’ de escravidão e crimes coloniais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na...

O futuro de Brasília: ministra Vera Lúcia luta por uma capital mais inclusiva

Segunda mulher negra a ser empossada como ministra na...

para lembrar

Manifesto de Mulheres com Dilma: ASSINE!

“Há um manifesto de mulheres com Dilma, iniciado por...

Emílio Santiago! – Por Cidinha da Silva

Por Cidinha da Silva Todas as vezes em que ouço...

Fantasia e miséria na Copa

Por: FERNANDO DE BARROS E SILVA   SÃO PAULO...

Obama lança campanha para reeleição em 2012

O presidente norte-americano, Barack Obama, lançou sua campanha para...

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz um levantamento da cobertura vegetal na maior metrópole do Brasil e revela os contrastes entre...

Foi a mobilização intensa da sociedade que manteve Brazão na prisão

Poucos episódios escancararam tanto a política fluminense quanto a votação na Câmara dos Deputados que selou a permanência na prisão de Chiquinho Brazão por suspeita do...

MG lidera novamente a ‘lista suja’ do trabalho análogo à escravidão

Minas Gerais lidera o ranking de empregadores inseridos na “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A relação, atualizada na última sexta-feira...
-+=