Cultne presta homenagem a Dra. Sebastiana Arruda com imagens de Ras Adauto e Filó Filho fotos de Marcos Romão, Ierê Ferreira, Zezinho Andrade e Luis Mendes e reportagens de Vik Birkbeck e Carlos Medeiros.
Sebastiana Arruda, filha de Manoel Arruda da Costa e Eliza da Silva Costa, que sempre lutou contra a discriminação racial em nosso estado, partindo do princípio que a sociedade tem que valorizar e dar visibilidade a mulher negra. Foi Procuradora Federal, Conselheira Benemérita do Comdedine, Conselheira de Honra do Cedine e Conselheira Benemérita do Renascença Clube.
Sua formação religiosa era católica-apostólica-romana, tendo sido membro da irmandade Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. Fundada em 1640, a irmandade foi formada pelos escravos para garantir seus direitos social e religioso aos negros e pardos do Rio de Janeiro.
A Família Arruda tem sua vida toda ligada ao Renascença desde a fundação do clube. Sebastiana Arruda sempre recebeu no Rena, parentes e amigos para comemorar seu aniversário regado com quitutes afro-brasileiros.
Ao longo de sua vida, participou de diversas atividades, entre elas a fundação do Clube Renascença, localizado no Andaraí no Rio de Janeiro, tendo sido sua diretora sócio-cultural em 1957, onde realizou o primeiro desfile de mulheres negras chamado modelitos negros na Casa do Estudante do Brasil. Em 1966, participou do pleito eleitoral como a primeira mulher negra indicada pelo ex-prefeito jânio Quadros .
Em 1979, recebeu a homenagem oficial pelo presidente da República do Senegal, Léopold Sédar Senghor por prestação de serviços a comunidade negra internacional.
Em 1987, tornou-se membro da coordenação do Centenário da Abolição da Escravidão pelo Ministério da Cultura.
Em 2004, a vereadora Jurema Batista lhe concebeu a Medalha Pedro Ernesto em sessão na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
Fica registrado no Acervo Cultne, a memória a esta guerreira que deixa o seu legado como referência as novas gerações.
Fonte: Cultne
