Um cabo da Polícia Militar afirma ter sido vítima de preconceito em um hipermercado na noite desta nesta terça-feira (18), em Vitória.
Edson Rosa, de 45 anos, havia escolhido duas garrafas de vinho no hipermercado. O PM pagou por elas, mas antes de sair do estabelecimento foi ao banheiro. Neste momento, ele foi obrigado a ficar sem roupa e provar que pagou pelo produto. “O cidadão me abordou dentro do banheiro, mandou eu me despir e perguntou se eu tinha pagado o vinho. Eu respondi que tinha e que estava com a nota. A única coisa que eu fiz foi ser feio, barrigudinho, ser baixinho e ser negro”, disse.
Bastante constrangido com a situação, o policial ainda foi escoltado até a chegada das viaturas. Sem entender o motivo da desconfiança e a maneira da abordagem dos seguranças, o policial militar diz que se sentiu vítima de preconceito.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados disse que serão tomadas as devidas providências sobre o caso. Acostumado a fazer abordagens no dia a dia, Flávio Gava lembra que o profissional da área de segurança nunca deve julgar o cidadão pela aparência. “É uma coisa absurda. As pessoas têm que parar de julgar os outros pela aparência. Elas têm que apreender a respeitar o ser humano independente da cor da pele ou da roupa que estiver usando”, afirma.
Os representantes do hipermercado estiveram no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória, onde a ocorrência foi registrada, porém não quiseram falar com a equipe da TV Vitória.
Fonte: Folha Vitória Mobile