Diário Oficial publica 24 projetos para prevenção à violência entre jovens negros

Fonte: Terra Notícias –
O subsecretário de Ações Afirmativas da Presidência da República, Martvs Antonio Alves das Chagas, avalia os resultados das medidas adotadas pelo governo federal para combater o racismo e incluir a diversidade étnica na rotina da sociedade” O subsecretário de Ações Afirmativas da Presidência da República, Martvs Antonio Alves das Chagas, avalia os resultados das medidas adotadas pelo governo federal para combater o racismo e incluir a diversidade étnica na rotina da sociedade” Brasília – O subsecretário de Ações Afirmativas da Presidência da República, Martvs Antonio Alves das Chagas, avalia os resultados das medidas adotadas pelo governo federal para combater o racismo e incluir a diversidade étnica na rotina da sociedade

Brasília – As 24 propostas enviadas por prefeituras e estados para solicitar apoio do governo federal na prevenção à violência entre jovens negros foram publicados na edição de hoje (4) do Diário Oficial da União.

Serão investidos ainda neste ano aproximadamente R$ 3,3 milhões por meio do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) no Projeto Farol Oportunidade em Ação, promovido pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) em parceria com o Ministério da Justiça.

 

As propostas contempladas têm como foco a ampliação do acesso a oportunidades econômicas, sociais, políticas e culturais de jovens entre 15 e 24 anos em situação de conflito com a lei, com baixa escolaridade ou expostos à violência doméstica e urbana.

 

De acordo com o subsecretário de Ações Afirmativas da Presidência da República, Martvs Antonio Alves Chagas, o Pronasci está presente em 13 estados e no Distrito Federal. Do total de 40 milhões de jovens atendidos pelo programa, segundo ele, 51% são negros e índios.

 

Chagas destacou que a meta do projeto é estimular nos estados e municípios a elaboração de planos de ação para reduzir homicídios, o uso de drogas e casos de gravidez precoce entre adolescentes, por exemplo. Ele disse que a juventude negra aparece, no cenário brasileiro, como o principal ator da violência. “Está nos dois campos: o de quem sofre e o de quem pratica.”

 

A Região Sudeste concentra a maior parte dos projetos aprovados (67%) apenas o estado de São Paulo é responsável  por 48% das propostas contempladas. Em seguida está o Nordeste (16%), o Sul (13%), e o Norte e o Centro-Oeste (ambos com 2%).

 

O objetivo inicial do projeto, de acordo com Chagas, não é tentar reverter os índices de violência entre jovens negros, mas inserir dentro das próprias prefeituras o conceito de que é preciso tratar a juventude brasileira a partir de um recorte. “Há uma juventude dentro dessa juventude que precisa de mais atenção”, afirmou.

 

O programa, sem data ainda para ser implementado, terá um ano de duração. Técnicos do Ministério da Justiça e da Seppir vão monitorar as ações. Se a proposta inicial for “bem-sucedida”, Chagas acredita que as iniciativas poderão ser expandidas.

 

Ele admite, entretanto, que o contingenciamento orçamentário representa uma dificuldade e, por se tratar de um projeto piloto, os recursos destinados são poucos. “Poderiam ser um pouco maiores, talvez R$ 5 milhões”, disse.

 

“A ideia é fazer o teste e verificar se estamos certos. O estereótipo confirmado pelas estatísticas é o de que o jovem negro é aquele que tanto mata quanto morre. O fato de nascer negro no Brasil já reduz nossa expectativa de vida em 20% e o fato de viver no crime ou às margens da lei reduz ainda mais.”

Matéria original

+ sobre o tema

SEPPIR realiza reunião nacional de órgãos de PIR

Todos os estados do país e o Distrito...

Leonardo Sakamoto explica os desafios no combate ao trabalho infantil

  Em outubro, o Brasil vai receber a III Conferência...

O aborto e as conversas na sacristia

Habituados a agir como partidos políticos, os jornais já...

As tristes e signficativas estatísticas das mortes nos partos

Na segunda-feira pela manhã (29), o plenário da Câmara...

para lembrar

Laerte e Wyllys criam comissão de direitos humanos paralela

O cartunista Laerte (à dir.) e o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) comandarão...

Mídia e a situação carcerária brasileira: Até Bananas!

Texto de Camilla de Magalhães Gomes. “TOMATE,...

V Curso Anual de Direitos Humanos

Equipe IDDH Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos -...

Leila Velez: Empreendedora e persistente

Nascida em 1974, no Rio de Janeiro, Leila Velez...
spot_imgspot_img

Na ONU, Geledés promove espaço estratégico para a construção coletiva de justiça reparatória

A 4ª Sessão do Fórum Permanente para Pessoas Afrodescendentes, realizada na sede da ONU em Nova York, entre os dias 14 a 17 de...

Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil

O número de pessoas vivendo em situação de rua em todo o Brasil registradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal,...

Geledés participou do Fórum dos Países da América Latina e Caribe

A urgência da justiça racial como elemento central da Agenda 2030 e do Pacto para o Futuro, em um ano especialmente estratégico para a...
-+=