A Câmara dos Deputados decidiu incluir na reforma do Ensino Médio a exigência de educação física, arte, sociologia e filosofia. As disciplinas, porém, não necessariamente estarão fixadas nos três anos do ensino médio.
Por Grasielle Castro, do HUFFPOST BRASIL
O texto-base da reforma já havia sido aprovado na semana passada e foi alterado com a emenda do deputado André Figueiredo (PDT-CE).
“Garantir as disciplinas de sociologia e de filosofia no currículo do ensino médio é garantir a formação cidadã, a formação crítica, é ampliar a capacidade de conhecer o Brasil, é dar ferramentas para que a nossa juventude possa pensar com a sua própria cabeça. Matérias como essas foram retiradas do currículo escolar no tempo das sombras, quando não se queriam debate, discussão nem construção da democracia”, afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
A proposta do deputado, entretanto, era de que as disciplinas fossem mantidas como são atualmente, fixas no currículo.
A deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), entretanto, defendeu a emenda aprovada por não gera mais uma matéria “para que esse aluno, que hoje já é sobrecarregado no ensino horroroso que nós temos no Brasil, com treze matérias, não seja obrigado a fazer mais uma”.
O texto já previa a obrigatoriedade de português, matemática e inglês. O projeto segue para o Senado.
Reforma
Entre outras, a reforma deixa a cargo do estudante escolher quais disciplinas deseja cursar entre as áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica, de acordo a afinidade pessoal. Aumenta a carga horária, que passa de 800 horas anuais para mil horas. Progressivamente, deverá chegar a 1,4 mil horas, o equivalente a sete horas diárias.
A Base Nacional Comum Curricular deverá corresponder a 60% do currículo e o restante será definido pelo Conselho Nacional de Educação. O texto estabelece ainda em 10 nos o período em que o governo deverá ajudar os estados com recursos para o ensino integral.