Mídia pública deve combater racismo e dar voz a trabalhadores

A representante da Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira), Juliana Cézar Nunes, disse há pouco que os meios de comunicação públicos devem ser aliados da sociedade no combate ao racismo. Segundo ela, a comunicação pública, além de combater a discriminação de pessoas por etnia, cor ou raça, deve representar, em sua programação e em seu quadro de pessoal, a diversidade da sociedade brasileira.

No Seminário Internacional “Regulação da Comunicação Pública”, ela informou que estudo demonstrou que apenas 6% dos apresentadores e apresentadoras das emissoras públicas são negros. De acordo com a debatedora, as emissoras públicas têm observado os resultados desse estudo, que precisará ser refeito. Ela defendeu cotas de profissionais negros nas empresas de mídia pública. Além disso, segundo ela, deve haver orientações sobre a questão racial em manuais de jornalismo e códigos profissionais.

Pluralidade

Já o coordenador-geral da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão (Fitert), José Antônio de Jesus da Silva, defendeu que os meios de comunicação públicos contemplem a pluralidade cultural, de gênero, de classe e regional brasileira, com valorização das culturas locais. “O sistema público de radiodifusão deve atender a toda a sociedade brasileira, inclusive à que mora nos lugares mais longínquos, e não pode se concentrar no eixo sul-sudeste”, disse.

“Os movimentos sociais e os movimentos dos trabalhadores querem ter espaço e voz nas emissoras públicas”, defendeu ainda. “Não temos acesso a tudo que é público”, completou.

O debate prossegue no Auditório Nereu Ramos.

Fonte: Camara

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