Por: Patricia Faermann
Depois do desfecho nas intenções de voltar ao meio político, findadas pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o condenou por violação de sigilo durante a investigação da Operação Satiagraha, Protógenes Queiroz lamentou: “a minha luta contra corrupção se encerra porque estou abatido no campo de uma guerra desigual”, disse em mensagem ao GGN.
O deputado federal pelo PCdoB considerou parcial o julgamento da Corte, que o condenou por comunicar antecipadamente jornalistas sobre as datas e momentos em que a operação seria deflagrada, durante a investigação das denúncias de crimes financeiros cometidos pelo banco de investimentos Opportunity, no período da privatização da Brasil Telecom.
“Por eu ter levado a prisão o Banqueiro Corrupto Daniel Dantas, que foi condenado a 10 anos de cadeia por corrupção, o STF decidiu contra mim pela perda do cargo de Delegado de Polícia Federal, perda dos direitos políticos e 2 anos e alguns meses de prisão, convertido em prestação de serviços a comunidade”, afirmou Protógenes.
O deputado finaliza a mensagem, demonstrando-se abalado: “aqui nesse país todos (as) que lutamos o bom combate pelo fim da corrupção podem sofrer perdas. Estarei aqui torcendo por vcs que ainda continuam lutando por um Brasil mais justo e que dê exemplo para as futuras gerações”.
Diante da mensagem, o Jornal GGN questionou se o deputado continuaria no país, considerando sua segurança pessoal. “Ainda estou em BSB [Brasília]”, disse. “Apesar de todas as injustiças e maldades, está fincado em meus valores o combate a corrupção. Não pretendo desistir dessa luta. Não vou abandonar os brasileiros! Mesmo que para minha batalha continuar, eu tenha que ser privado da minha própria liberdade. O meu amor a pátria não permitirá que minha voz seja calada”, respondeu.
“A maior injustiça do STF não foi contra mim e sim com os filhos e netos dessa suprema corte que fazem parte do futuro do nosso Brasil”, concluiu Protógenes Queiroz.
Fonte: Ggn