Na luta contra homofobia na cidade, largo do Arouche terá bandeiras LGBTI

Caminhar pelo largo do Arouche, no Centro de São Paulo, será diferente a partir de agora. O local, referência para a luta contra homofobia na cidade, passa a ser decorado permanentemente com bandeiras do arco-íris.

no Catraca Livre

Bacana, não acha? Essa história começou quando a prefeitura colocou os símbolos como forma de celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBT. Foi então que o jornalista Helcio Beuclair, morador da área, criou uma petição na plataforma Change.org pedindo para que as bandeiras ficassem no largo.

Depois de mais de cinco mil assinaturas, a Coordenadoria de Políticas LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos respondeu a demanda no próprio site, acatando a ideia.

O abaixo-assinado está em www.change.org/arouche.

HR SÃO PAULO/SP 26/08/2016 BANDEIRA LGBT CIDADES - Prefeitura de São Paulo decidiu manter permanentes as bandeiras do orgulho LGBT no Largo do Arouche e Rua Vieira de Carvalho, após uma petição online. FOTO: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
HR SÃO PAULO/SP 26/08/2016 BANDEIRA LGBT CIDADES – Prefeitura de São Paulo decidiu manter permanentes as bandeiras do orgulho LGBT no Largo do Arouche e Rua Vieira de Carvalho, após uma petição online. FOTO: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

“A comunidade LGBT da periferia que se encontra no Arouche comemora as bandeiras, e comemora e deseja muito que o número delas seja ampliado”, conta Helcio. Na resposta ao abaixo-assinado, o coordenador LGBT da prefeitura, Alessandro Melchior, diz que a “petição vem ao encontro das iniciativas em desenvolvimento de requalificação da região e podemos informar da decisão de manutenção das bandeiras no espaço”. E complementa com novos planos: “informo também que a Prefeitura prevê a ampliação do número de bandeiras arco-íris para diferentes áreas do Centro de São Paulo, mas ainda estuda quantas serão colocadas e em quais locais.”

Na sua mobilização, Beuclair utilizou três ideias criativas para obter mais apoios. A primeira foi levar dois computadores para o largo nas reuniões de domingo do Coletivo Arouchianos, do qual faz parte. Com som e microfone, chamava quem caminhava para assinar. A segunda ação foi colar cartazes nas árvores com código QR com um link direto para a petição. Ao apontar a câmera, os celulares eram direcionados para o endereço do abaixo-assinado online. E a última estratégia foi juntar-se a um grupo de apoio. Segundo o jornalista, isso contribuiu bastante. “As pessoas podem pensar: ‘este cara quer se promover’. Mas se você faz parte de um grupo, existe mais confiança, é um trabalho de equipe”, explica.

QR_na_arvore

+ sobre o tema

O meu black vai ficar solto!

''Mulher negra não se acostume com termo depreciativo, Não é...

Mortes preveníveis e evitáveis têm responsáveis: os governos por Fátima Oliveira

O legado das mortes e das morbidades no incêndio...

Mulheres negras vítimas de violência denunciam casos à OEA

Mulheres negras que sofreram diversos tipos de violência vão...

Com chuva, Parada Gay atrai 150 mil pessoas em Florianópolis

Cerca de 150 mil pessoas, segundo os cálculos da...

para lembrar

Musas não, torcedoras

O machismo no futebol é notável: somos vistas como...

Centenário de Carolina Maria de Jesus

por Laura Macedo Carolina Maria de Jesus * 14/3/1914 - Sacramento...

O reflexo da Malungagem na teoria Interseccional: diálogos de uma mulher negra no 08 de março

As narrativas que acompanham o surgimento do Dia Internacional...

Ativista negra pelo direito ao voto está por trás da onda Biden na Geórgia

Apesar das denúncias, sem provas, de fraude na apuração...
spot_imgspot_img

Conheça o Conselho Nacional de Mulheres Negras, criado 18 de maio de 1950

Há mais de sete décadas, no dia 18 de maio de 1950, era criado o Conselho Nacional de Mulheres Negras, uma organização pioneira do...

Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexo, lançam Comitê Impulsor Nacional para a Marcha Nacional de Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver

Durante a abertura da 12ª edição do SENALESBI – Seminário Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuais, que acontece de 16 a 18 de maio em...

No DR com Demori, Cida Bento debate a desigualdade racial no Brasil

O programa DR com Demori, da TV Brasil, recebe nesta terça-feira (13) a psicóloga e escritora Cida Bento, que já figurou entre as 50...
-+=
Geledés Instituto da Mulher Negra
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.