Obama precisa se justificar perante o Congresso sobre ação militar na Líbia

A Casa Branca enviou, nesta quarta-feira, um dossiê de mais de 30 páginas ao Congresso dos Estados Unidos para justificar a ação militar norte-americana contra o líder da Líbia, Muamar Gaddafi. O esforço busca responder às preocupações em torno da legalidade e da relevância para a segurança nacional do envolvimento dos EUA nesse conflito.

Porta-voz da Casa Branca, Jay Carney disse que o relatório incluirá uma análise legal justificando a missão e deve responder às preocupações dos congressistas. Ele notou que a Casa Branca acredita manter o apoio do Congresso nesse tema. A atuação militar dos EUA na Líbia se aproxima dos 90 dias, um limite pelo qual uma resolução prevê que o Executivo deve buscar aprovação no Legislativo para qualquer operação militar. O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, advertiu na véspera que o presidente Barack Obama estava perto de violar a resolução.

Carney disse que a missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ajudou a evitar um massacre de civis e enfraqueceu partidários de Gaddafi. Ele disse que é importante que o Congresso continue a apoiar a investida militar, porque ela tem sido bem-sucedida.

– Agora não é a hora de enviar mensagens dúbias – avaliou Carney.

Membros do Congresso pressionam Obama a buscar sua aprovação para o envio desses recursos. Vários deputados abriram um processo contra Obama, nesta manhã, em um tribunal federal, dizendo que a atuação na Líbia é inconstitucional e deve acabar. Carney disse que a Casa Branca estava informada sobre o caso. Obama enviou forças militares norte-americanas para a região em março. A operação liderada pela Otan é amparada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pela proteção da vida de civis.

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