Prêmio Viva: Marie Claire e Instituto Avon pelo fim da violência contra a mulher

A grande noite de premiação acontecerá no dia 22 de novembro, no Palácio Tangará, em São Paulo. E além da revelação dos finalistas, terá o show de Karol Conka

no Marie Claire

Foto- Marie Claire

Ser mulher no Brasil é um desafio de sobrevivência. Dados do Mapa da Violência de 2015 não escondem: somos o 5º país que mais mata o gênero feminino no mundo. Os números da violência doméstica – aquela que acontece no âmbito familiar e geralmente vem por parte do parceiro amoroso da vítima – também assustam. Aqui, a cada dois segundos, uma mulher é vítima de violência física ou verbal. A informação é do Relógio da Violência, alimentado pelo Instituto Maria da Penha, minuto a minuto.

Reconhecer essa triste realidade é um caminho para que a violência contra as brasileiras não seja invisível ou impune, como é por tantas vezes em nossas sociedade e Justiça. “Quando a violência termina, a vida recomeça”, já disse a farmacêutica Maria da Penha, símbolo da luta contra a misoginia e tudo que ela pode causar.

É pela vida das mulheres que Marie Claire e o Instituto Avon se unem na primeira edição do Prêmio Viva. O intuito é colocar luz no trabalho de quem tenta, todos os dias, romper o ciclo de crueldade que alcança milhares de mulheres ano a ano no país. “Queremos mostrar que violência não é só física. Um relacionamento abusivo e a não equidade salarial entre mulheres e homens que exercem a mesma função, por exemplo, também são formas de violência. Com esse prêmio queremos levantar a discussão, alertar a população”, explica Laura Ancona, diretora de redação da revista.

Serão 21 finalistas e sete premiados nas categorias Saúde, Sociedade Civil, Revendedoras, Segurança, Justiça, Empreendedorismo e Ele por Elas. Os ganhadores serão escolhidos através de um júri de especialistas (composto por Laura Ancona, Nadine Gasman, da ONU Mulheres, Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, Silvia Chakian, promotora de Justiça e Silvio Almeida, advogado) e através de votação popular – disponibilizada aqui mesmo, no site da revista, do dia 10 ao 16/11. A grande noite de premiação acontecerá no dia 22 de novembro, no Palácio Tangará, em São Paulo. E além da revelação dos finalistas, terá o show de Karol Conka e outras apresentações, como a do grupo Slam das Minas, que mistura poesia e resistência.

Juntas, aplicativo de Enfrentamento a Violência contra Mulher

+ sobre o tema

Violência doméstica pode começar a pesar no bolso dos agressores

A violência doméstica pode começar a pesar no bolso...

Grafites de Marielle e Maria da Penha são alvos de ataques de vândalos no Rio

Dois grafites da vereadora Marielle Franco (PSOL) e um...

para lembrar

Mudança na Lei Maria da Penha amplia proteção a mulheres

Projeto aprovado no Senado permite que delegados concedam medidas...

Mulheres fazem ato contra PEC do aborto no Centro do Rio

PEC 181 é a favor da criminalização do aborto...

A trágica urgência em combater o feminicídio

Para Izabel Noronha, debate sobre as questões de gênero...
spot_imgspot_img

Coisa de mulherzinha

Uma sensação crescente de indignação sobre o significado de ser mulher num país como o nosso tomou conta de mim ao longo de março. No chamado "mês...

A Justiça tem nome de mulher?

Dez anos. Uma década. Esse foi o tempo que Ana Paula Oliveira esperou para testemunhar o julgamento sobre o assassinato de seu filho, o jovem Johnatha...

Dois terços das mulheres assassinadas com armas de fogo são negras

São negras 68,3% das mulheres assassinadas com armas de fogo no Brasil, segundo a pesquisa O Papel da Arma de Fogo na Violência Contra...
-+=