O músico William Oliveira Santos, 25, afirma ter sido vítima de racismo e de agressão por parte de três seguranças da estação Campo Limpo do Metrô, que faz parte da linha 5-lilás (Capão Redondo-Largo Treze) e fica na zona sul de São Paulo.
O incidente ocorreu na tarde de terça-feira (25) e é investigado pelos policiais do 37º Distrito Policial (Campo Limpo), onde o músico registrou boletim de ocorrência.
Santos é integrante do grupo de rap Versão Popular e um dos poetas do coletivo cultural Cooperifa.
Na manhã desta quarta-feira, Santos foi submetido a um exame de corpo delito no IML (Instituto Médico Legal). Ele afirma que, ao ser revistado pelos seguranças do Metrô, teve o braço torcido e sofreu uma luxação.
Segundo Santos, ao chegar na estação Campo Limpo, ontem, um dos seguranças tentou intimidá-lo. Após uma discussão, o segurança se retirou e, quando Santos subia a rampa de acesso da estação, ele foi abordado por mais dois seguranças.
O músico diz que ter tomado uma “gravata” e que foi arrastado pelo braço pelos três seguranças, que o colocaram para fora da estação.
Santos disse ainda que, ao ser expulso, um dos seguranças disse para ele: “Sai fora, negão! Se quiser, vai de busão”.
O outro lado
O Metrô afirma que as versões apresentadas pelo usuário e pelos agentes de segurança são divergentes. “Diante disso, o Metrô vai, com rigor e rapidez, aprofundar o esclarecimento dos fatos e circunstâncias da ocorrência”.
A direção da empresa informou que, em caso de comprovação do abusos por parte dos três seguranças contra Santos, os funcionários serão punidos.
Leia a nota oficial do Metrô sobre o caso:
“O Metrô informa que o referido usuário entrou na Estação Campo Limpo, questionou os agentes de segurança por qual motivo estava sendo observado.
Os agentes esclareceram ao usuário que faz parte do trabalho da segurança observar o movimento dos usuários e atender a suas necessidades. Em seguida, perguntaram a ele se necessitava de ajuda.
O usuário reagiu com palavrões e se dirigiu à plataforma. Em função desta reação sem motivo, os agentes solicitaram que a pessoa se identificasse. O pedido foi negado e, então, os agentes realizaram busca pessoal no usuário. Como houve resistência, ele foi imobilizado e retirado da estação.
O usuário retornou à estação com policiais militares e não aparentava lesão. Os policiais solicitaram dados dos empregados do Metrô, apuraram os fatos e se retiraram do local. Testemunha da ocorrência informou que não percebeu lesão no usuário.”
Fonte: Jornal de Floripa